Um senador "democrata" e os indicadores sociais do Maranhão | |
O senador José Sarney foi governador do Maranhão de 1966 a 1971 e presidente da República de 1985 a 1990. Aliados dele comandaram a política maranhense até 2004, quando o então governador José Reinaldo rompeu com a família Sarney e agregados. Socióloga, a filha do ex-presidente, Roseana, foi governadora de 1994 a 2002. Foram, portanto, 38 anos de poder estadual no Maranhão. A família controla o Sistema Mirante de Comunicação - que tem o maior jornal e as emissoras de rádio e TV de maior audiência no estado - e é uma das mais ricas do Nordeste. Porém, todo este poder político e econômico não teve reflexo equivalente nos indicadores sociais do Maranhão, de acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística, IBGE. A esperança de vida ao nascer no Brasil, em 1991, era de 67 anos de idade. Em 2004, saltou para 71,1 anos, um avanço de 4,1 anos. A esperança de vida no Maranhão, no mesmo período, aumentou em 4,3 anos. No mesmo período em que a expectativa de vida no Maranhão avançou 4,3 anos (1991-2004), outros estados nordestinos registraram os seguintes índices: Sergipe - 6,5 anos Pernambuco - 6,4 anos Paraíba - 6,2 anos Rio Grande do Norte - 6,1 anos Bahia e Alagoas - 5,9 anos Piauí - 5,3 anos Ceará - 5,2 anos Maranhão - 4,3 anos Em 2004, a expectativa de vida no Maranhão (66,4 anos) só era maior do que a dos nascidos em Alagoas (65,5), estado que também tem um ex-presidente da República. O Maranhão perdia de longe para o lugar em que Sarney exerceu a presidência - o Distrito Federal, 74,6 anos - e também para o estado que Sarney agora representa como senador - Amapá, onde a expectativa de vida em 2004 era de 69,4 anos. O ex-presidente goza de boa saúde. Completou 77 anos de idade, superando em mais de 10 anos a expectativa de vida de seus conterrâneos. Publicado em 28 de outubro de 2007 O senador José Sarney subiu à tribuna do Senado para condenar a democracia na Venezuela. O senador Sarney, quando governador, foi aliado obediente do regime militar. O senador, antes que a morte de Tancredo Neves o elevasse ao poder, foi eleito vice-presidente por um Colégio Eleitoral. O presidente Sarney mudou as regras do jogo, aumentando seu próprio mandato de quatro para cinco anos em troca de concessões de rádio e TV para "amigos". Como perguntou o deputado Joaquim Hackiel, aliado de Sarney no Maranhão, "se ele podia dar as concessões, daria para inimigos?". É assim que eles tratam concessões públicas, que deveriam ser suas, minhas, nossas. José Sarney, exemplo de democrata brasileiro. |
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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