quarta-feira, 18 de novembro de 2009

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A criança que calou o mundo por 5 minutos





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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mudamos!

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Mudamos!



A imagem “http://atravessando.files.wordpress.com/2009/04/jornalismo.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

Amigos leitores! Pra não esgotar com a paciência de vocês resolvi criar o Boca no Trombone 2! Esse aqui tá muito pesado e como já não consigo me desapegar de nada dele, vou fazer um outro que é simplesmente a continuação do primeiro. O domínio é praticamente o mesmo, só que com um 2 do ladinho, rs. E o layout também, nem vão notar a diferença exceto que vai ser mais rápido para abrir. Para ir até o Boca no Trombone versão 2.0 clique na imagem acima ou aqui no novo endereço: http://muitasbocasnotrombone2.blogspot.com/

Espero que todos que aqui visitam continuem a nos prestigiar lá no Boca no Trombone 2.
Esse aqui fica pra posteridade.
Obrigada, pessoal! E vamos à luta!
Abraços,
Alê

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Levante Sua Voz!


Segue vídeo sobre direito à comunicação produzido pelo INTERVOZES Coletivo Brasil de Comunicação Social.
É um vídeo de 15 minutos que remonta a linguagem do Ilha das Flores de Jorge Furtado ao narrar a situação da comunicação no Brasil.

Foi feito com pouca grana e muita militância para ser apresentado nas etapas municipais e estaduais da Conferência Nacional de Comunicação, que já estão acontecendo.

Levante Sua Voz! [parte 1]





Levante Sua Voz! [parte 2]




Vídeo sobre direito à comunicação produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung retrata a concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá

CC - Alguns direitos reservados
Você pode copiar, distribuir, exibir e executar a obra livremente com finalidades não comerciais.
Você pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.
Você deve dar crédito ao autor original.

Fonte: Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social

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http://brasil.indymedia.org/images/2006/09/359538.jpg

Uma onda no ar

Brasil 2002. Direção: Helvécio Ratton, produção: Simone Magalhães Matos, argumento e roteiro: Jorge Durán e Helvécio Ratton.

por Alessandro Piolli

Uma onda no ar é a história da criação e do desenvolvimento da Rádio Favela de Belo Horizonte - "a voz livre do morro", como a chamavam seus idealizadores. A rádio pirata entrava no ar todos os dias no horário do programa estatal A Voz do Brasil. A tática e o amplo alcance dos transmissores da rádio, que mandavam suas ondas bem além da favela, incomodavam as autoridades. Jorge, um dos idealizadores da Rádio, que é negro e morador da favela, acaba sendo perseguido e preso pela polícia. Atrás das grades, é questionado por outro detento sobre como foi criação da Rádio... Começa uma história de luta, resistência cultural e política contra o racismo e a exclusão social, em que a população da favela encontra uma importante arma: a comunicação.

As músicas escolhidas para o filme mostram uma atenção especial da rádio em valorizar a diversidade da cultura afro na América e sua força como mecanismo de protesto. Quem assiste o filme pode apreciar desde o rap nacional dos Racionais MCs, passando pelo break, o samba, o blues, o funk, a música da gente dos morros, até o berimbau da capoeira. As descontinuidades temporais de algumas cenas são marcadas por músicas que também tem o papel de estabelecer conexão entre diferentes universos tratados no filme: a política, a polícia, a favela, a escola, a rádio e o crime.

A Rádio desempenha outros importantes papéis como, por exemplo, o de promover a comunicação dentro e fora da favela. As vozes de protesto aparecem de maneira bem direta, pedindo mais verbas para geração de empregos, melhorias nas escolas e menos dinheiro para armar a polícia. Essa programação, "afinada" com a população excluída, aparece nas falas dos locutores como expressão do descontentamento sobre a condição da população pobre. A utilização desse meio de comunicação para se promover mudanças positivas rendeu um prêmio das Nações Unidas à Rádio Favela, pelo seu papel educativo e de prevenção ao uso e tráfico de drogas.

O racismo é mostrado em diferentes espaços. Um dos episódios mais marcantes de discriminação racial acontece na escola. Jorge tinha uma bolsa para estudar num colégio da elite de Belo Horizonte, pois sua mãe era a faxineira da escola. Durante a apresentação de um seminário sobre a libertação dos escravos, os alunos afirmam que a Lei Áurea teria resolvido de forma definitiva a questão do negro na história do país. Ele discorda, dizendo que Lei Áurea não representou efetivamente a liberdade para o negro, questionando a situação dos descendentes dos escravos no atual contexto.

O desenrolar desse episódio, ao mesmo tempo em que despertou raiva, estimulou o rapaz a refletir sobre sua luta. O racismo, mascarado pela idéia de que no Brasil não existe discriminação racial e a condição de exclusão social, da qual ainda partilha boa parte da população negra, foram alguns dos principais motivos que estimularam a iniciativa da criação da rádio.

A possibilidade do cinema interferir na construção da identidade do negro, devido à visibilidade que esse veículo proporciona, tem gerado importantes discussões sobre produções que abordam a questão. O filme Cidade de Deus, por exemplo, apesar de ser muito elogiado pela crítica cinematográfica, é alvo de severas críticas de lideranças da favela que inspirou o filme. O raper MV Bill protestou, na ocasião do lançamento, em rádios e jornais, contra a imagem estereotipada que, segundo ele, aumenta o preconceito e não auxilia na transformação da realidade, referindo-se às cenas de assassinato a sangue frio, às crianças com armas na mão e outras imagens de violência escolhidas para mostrar a realidade na favela.

Já o criador da Rádio Favela, Misael Avelino dos Santos, considera Uma Onda no Ar um contraponto importante à visão apresentada em Cidade de Deus. Apesar de o filme, segundo Misael, atenuar cenas de violência da polícia, ele o elogiou por "tocar o som da vitória" mostrando que existem possibilidades para a superação dos problemas das favelas.

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