Lameh Smeili*
Os governos americano e iraquiano montaram um “plano estratégico”, de longo prazo, para justificar a presença militar ianque no país árabe. Segunda-feira, dia 26/11, George Bush e o premiê iraquiano Nuri el Maliki, assinaram, por vídeo conferência, um acordo chamado de “Princípios de uma relação de longo prazo entre o Iraque e EUA”.
Parece piada, mas é fato. É trágico e cômico. Neste documento, os americanos ficam responsáveis em proteger o governo local, de “golpes ou ameaças terroristas”, em troca do controle do petróleo e de contratos para a reconstrução do país, que devem ser assinados com empresas americanas, através de “licitações”.
Outro ponto de “interesse do povo iraquiano” é a redução das tropas americanas no Iraque de 160 mil soldados atuais para 50 mil já em 2008. Os militares americanos vão se concentrar em “bases fora das cidades”. A “segurança da população” passará integralmente para os próprios iraquianos.
O governo de Bagdã disse que já submeteu o “acordo” ao parlamento e que apenas o “bloco que segue o líder Al Sader é que se opôs”.
A própria Casa Branca divulgou o fato e a foto do momento da assinatura: o iraquiano pela tela de televisão e o americano sentado na mesa com a caneta na mão.
Enquanto isso o genocídio do povo iraquiano continua a todo vapor...
*Lameh Smeili é jornalista
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