quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Última fábrica de vinil no Brasil receberá incentivo do poder público - por Brunna Rosa - fonte: http://www.revistaforum.com.br/

Última fábrica de vinil no Brasil receberá incentivo do poder público

Por Brunna Rosa [Terça-Feira, 13 de Novembro de 2007 às 17:34hs]

A última fábrica de vinil no Brasil está para fechar. A Polysom, localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi criada em 1999, por Nillton José da Rocha para atender a demanda musical da igreja pentecostal Deus é Amor e chegou a produzir 110 mil cópias por ano.

O tempo passou e os fiéis já podem acessar o site da igreja e baixar em MP3 os hinos religiosos. Já a Polysom, resiste à era da música em formatos digitais e, com apenas três funcionários, produziu 23 mil cópias no último ano. Para tentar reverter a situação de quase falência, o Ministério da Cultura anuncia nesta terça, 13, no Rio de Janeiro, ações destinadas à preservação do local. A expectativa é que a fábrica se torne patrimônio cultural imaterial, o que permitiria à empresa buscar verbas para projetos através da Lei Rouanet. A solicitação foi feita pelo rapper Mano Brown e encaminhada pelo senador Eduardo Suplicy (PT) ao Ministério da Cultura. Acervo O Ministério da Cultura, por meio de sua Secretaria de Políticas Culturais (SPC), pretende desenvolver uma ação emergencial para reativar a demanda por encomendas à fabrica Polysom . Para isso a SPC está mobilizando algumas instituições públicas a pesquisarem seus acervos, identificando conteúdos (fonogramas) que interessem e possam ser prensados em vinil sob encomenda do Ministério da Cultura. A Fundação Nacional de Arte (Funarte), a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-Rio) são algumas das instituições que já começaram a selecionar em seus acervos conteúdos para ser reproduzidos em vinil.

Outro projeto envolve selos e gravadoras a serem parceiros na iniciativa, selecionando o material e incentivando a produção.

Bolachões

A decadência dos discos de vinil começou no início da década de 1990, com os compact discs (CDs) chegando ao mercado e trazendo maior capacidade, durabilidade e clareza sonora. A nova tecnologia fez com que os "bolachões", produzidos desde a década de 1950, ficassem obsoletos e quase desaparecessem no fim do século XX. Mas amantes da música afirmam que o som do vinil é insubstituível, por ser mais fiel ao original e proporcionar uma melhor distinção dos sons. No Brasil, apesar do avanço da música em formato digital, o interesse pelos bolachões é crescente. Além disso, o uso dos vinis para as experiências estéticas de diversos segmentos e gêneros musicais como o Rap, o Eletro, o Drum and bass e o Techno são indispensáveis.
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