Acabo de receber uma mensagem do também blogueiro e sivuqueiro, além de mineiro, Hudson Lacerda. Aliás, tenho curiosidade de saber para que time o Hudson torce, porque tenho um amigo que garante que todos os que moram em Belo Horizonte são atleticanos. E que o Cruzeiro só tem torcida no interior do estado. Como ele é jornalista, desconfio da informação.
Aliás, falando em desconfiança de informações, o Hudson me envia um e-mail dizendo-me que está tramitando no Congresso um projeto para que se realizem mudanças em favor da transparência e conferibilidade do voto eletrônico. Isso é muito importante e desde já tem meu apoio.
Se vier a ser aprovado, o eleitor verá seu voto impresso, para que possa conferi-lo, e ainda terá sua foto no título de eleitor, para que outra pessoa não vote por ele.
Como o alguns leitores sabem, acompanhei eleições na Venezuela. E lá, pasmem, o processo já é mais avançado do que esse que se pretende implementar no Brasil. O eleitor quando chega para votar tem que colocar seu dedo indicador numa tela digital que o reconhece e mostra sua cara, como é comum hoje em alguns prédios de escritórios e repartições públicas de Brasília. Depois, tem esse seu dedo marcado com uma tinta que só sai depois de 24 horas, para que ele não volte e tente arrumar confusão, dizendo que outra pessoa se passou por ele. Após votar na urna eletrônica, uma máquina imprime o tal papel confirmando sua opção, como se quer fazer no Brasil, e ele, então, deposita esse voto numa urna física. Se por algum motivo se fizer necessária uma recontagem, basta abrir a urna física e conferir se o resultado bate com o da eletrônica.
Isso tudo, leitor, foi implantado nesses anos de governo Chávez. Antes, era um absurdo. Voto só no papel e com um título fajuto. E a maior parte da população nem sabia como tirar o título de eleitor. Nos anos Chávez o número de eleitores na Venezuela mais do que dobrou.
Não vamos misturar as coisas. Sou contra essa história de reeleição ilimitada proposta por Chávez. Considero que essa, inclusive, pode ser a sua tragédia. Mas isso não tem nada a ver com ditadura. Chávez radicalizou a democracia na Venezuela em diversos aspectos. Inclusive na transparência do voto. E por isso que tem voto. E por isso ganha eleições e mais eleições.
Para tentar convencer o cidadão comum de que na Venezuela está se criando um estado fascista, alguns idiotas que assinam matérias e fazem comentários na TV (e não são poucos) tem inventado todos os tipos de absurdo. Um deles é que Chávez na verdade ganha eleições porque as dirige. Por que esses não-jornalistas não perguntam parao Jimmy Carter o que ele acha dessa tese? Ele esteve lá acompanhando eleições, pode emitir opinião. Além disso, também começaram a falar que voto por voto, maioria por maioria, Hitler e Chávez são a mesma coisa.
Sugiro a leitura de um artigo do colega Max Altmann. Está ótimo. Ele conta a história da Alemanha pré-segunda guerra sem mais e nem menos. Já pedi para publicar no site, no próximo post passo o link.
Depois quem não estuda somos nós. Eles é que são os sabidos.
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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