quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A REUNIÃO DE ANNAPOLIS - fonte: http://blogdobourdoukan.blogspot.com/

BOLETIM DA FEPAL - FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL

A REUNIÃO DE ANNAPOLIS

Sempre defendemos uma Conferencia Internacional de Paz sob os auspícios da ONU, mas entendemos que para a reunião de Annapolis, que tem como pauta a questão palestina, não nos restam duvidas de a OLP e a Autoridade Nacional Palestina estarem presentes, pois nenhuma liderança palestina responsável poderia se furtar de combater na batalha onde o assunto principal é a própria causa palestina.

Destacamos a importante participação do Brasil em Annapolis, construindo sua posição de liderança e afirmando o papel que pode desempenhar nas grandes e importantes questões internacionais.

Existem várias análises e posicionamentos na imprensa e na arena política nacional e internacional acerca dos resultados efetivos que podem resultar da reunião de Anápolis.

Não sabemos os resultados que virão, mas sabemos os motivos pelos quais o processo de paz e suas diversas etapas, desde 1990 até o presente momento, não deram nenhum resultado: o não reconhecimento explicito, por parte de Israel e Estados Unidos, dos direitos nacionais inalienáveis do povo palestino ao retorno e autodeterminação, direitos consagrados por inúmeras resoluções da ONU.

Para os palestinos será mais uma batalha para reafirmar as três linha vermelhas que significam uma paz justa e duradoura: retorno dos refugiados (Resolução 194 da ONU), Estado Palestino soberano e independente nas fronteiras de 67 e Jerusalém Capital.

O Presidente Arafat, na cúpula de Camp David em 2002, recusou ceder quanto às três linhas vermelhas e morreu mártir, cercado e bombardeado pelo exército de ocupação israelense. Todas as concessões já foram feitas pelos palestinos e esperamos que os Estados Unidos e os paises representados em Anápolis pressionem Israel a cumprir seu papel de responsável histórico pela tragédia do povo palestino.

Se em Annapolis houver algum tipo de entendimento para que o prosseguimento das negociações tenha como base principal os direitos nacionais do povo palestino, então poderemos dizer que houve um avanço.

Se a “montanha de Anápolis” parir um rato, o governo bush e o governo Israelense serão responsabilizados pelo fracasso e a região poderá responder com mais intifadas até que uma próxima “Annapolis” se realize, até que a bandeira palestina tremule em Jerusalém livre.
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