segunda-feira, 21 de julho de 2008

MINO CARTA: “ESTE RASGÃO NÃO SE PODE CERZIR”



Mino, a alternativa é tomar cianeto

por Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 1300


Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista


. Conversei com o Mino Carta sobre a edição deste fim de semana da Carta Capital – clique aqui para ler.

. A Carta foi o único órgão da imprensa escrita que, consistentemente, cobriu os crimes de Daniel Dantas.

. O PiG tratava Dantas como um incompreendido gênio das finanças.

. Acobertou seus crimes, foi cúmplice de seus crimes e se deixou – ou teve papel ativo – manipular pelas operações que Dantas e seu comparsa Naji Nahas executavam na Bolsa, a partir das ordens de venda e compra que plantavam no noticiário do PiG.

. Nesse papel sinistro, que só a CVM ignorava o presidente da Brasil Telecom, certo Sr. K – a letra “K”, como se percebe, aponta para direções opostas – e certo Sr. Falco, presidente da Oi, eram a “inside information” que abastecia os “repórteres” do PiG com as maravilhas da patranha da “BrOi”.

. Enquanto Dantas e Nahas ganhavam rios de dinheiro.

. Cedo ou tarde, a diretoria da CVM será chamada a ter uma conversinha sobre essa matéria. (*)

. Perguntei ao Mino se ele achava que, outra vez, a elite branca (e separatista, no caso de São Paulo) e seu instrumento, o PiG, iam conseguir abafar a crise metastática que Dantas provocou (clique aqui).

. Disse o Mino, tranqüilo:

. “Este rasgão não se pode cerzir.” (*2)

. Até que “os graúdos nativos”, diz o Mino, consigam abafar a crise de Dantas, “virá um vendaval”.

. Vendaval que se deve a dois brasileiros “atípicos”, diz o Mino, porque são corajosos: o Juiz De Sanctis e o Delegado Protógenes.

. “Fora disso,” concluiu o Mino, antes que o sol se pusesse sobre o domingo, “é a tomada da pastilha de cianeto, que os espiões mastigavam na hora em que eram apanhados.”

. (*) Assim como os diretores do BNDES, do Banco do Brasil, da Anatel, da Casa Civil da Presidência, do Gabinete particular da Presidência, e toda a diretoria do Banco Central, que – um por um – foram cúmplices, omissos, ou simplesmente prevaricaram diante dos crimes de Dantas e na negociação da “BrOi”. Se eles fossem realmente espertos, não assinavam mais nada. Nem boleto de táxi ...

(*2) Os americanos usam, para esse caso, uma expressão muito boa: “gênio saiu da garrafa”...

Fonte: Conversa Afiada


Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário: