Mino, a alternativa é tomar cianeto
por Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 1300
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
. Conversei com o Mino Carta sobre a edição deste fim de semana da Carta Capital – clique aqui para ler.
. A Carta foi o único órgão da imprensa escrita que, consistentemente, cobriu os crimes de Daniel Dantas.
. O PiG tratava Dantas como um incompreendido gênio das finanças.
. Acobertou seus crimes, foi cúmplice de seus crimes e se deixou – ou teve papel ativo – manipular pelas operações que Dantas e seu comparsa Naji Nahas executavam na Bolsa, a partir das ordens de venda e compra que plantavam no noticiário do PiG.
. Nesse papel sinistro, que só a CVM ignorava o presidente da Brasil Telecom, certo Sr. K – a letra “K”, como se percebe, aponta para direções opostas – e certo Sr. Falco, presidente da Oi, eram a “inside information” que abastecia os “repórteres” do PiG com as maravilhas da patranha da “BrOi”.
. Enquanto Dantas e Nahas ganhavam rios de dinheiro.
. Cedo ou tarde, a diretoria da CVM será chamada a ter uma conversinha sobre essa matéria. (*)
. Perguntei ao Mino se ele achava que, outra vez, a elite branca (e separatista, no caso de São Paulo) e seu instrumento, o PiG, iam conseguir abafar a crise metastática que Dantas provocou (clique aqui).
. Disse o Mino, tranqüilo:
. “Este rasgão não se pode cerzir.” (*2)
. Até que “os graúdos nativos”, diz o Mino, consigam abafar a crise de Dantas, “virá um vendaval”.
. Vendaval que se deve a dois brasileiros “atípicos”, diz o Mino, porque são corajosos: o Juiz De Sanctis e o Delegado Protógenes.
. “Fora disso,” concluiu o Mino, antes que o sol se pusesse sobre o domingo, “é a tomada da pastilha de cianeto, que os espiões mastigavam na hora em que eram apanhados.”
. (*) Assim como os diretores do BNDES, do Banco do Brasil, da Anatel, da Casa Civil da Presidência, do Gabinete particular da Presidência, e toda a diretoria do Banco Central, que – um por um – foram cúmplices, omissos, ou simplesmente prevaricaram diante dos crimes de Dantas e na negociação da “BrOi”. Se eles fossem realmente espertos, não assinavam mais nada. Nem boleto de táxi ...
(*2) Os americanos usam, para esse caso, uma expressão muito boa: “gênio saiu da garrafa”...
Fonte: Conversa Afiada
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