quinta-feira, 24 de julho de 2008

O ladrão de queijos e Daniel Dantas

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por Laerte Braga

Olhando o noticiário dos jornais, revistas e das grandes redes de tevê, das emissoras de rádio cheguei à conclusão que os ladrões de queijo, falo daquele que pegou duas latas de queijo num supermercado e ia vender por 85 reais para comprar uma cesta básica, ou parte de uma cesta básica para si e a sua família têm que se organizar.

Simples de entender isso. Do contrário fica preso.

Sugiro uma assembléia geral de ladrões de galinha, de "criminosos" de pequeno porte, afinal a união faz a força e acho que já é tempo de começarem a buscar seus "direitos". Eleger deputados, senadores, indicar ministros para o stf (a suposta suprema corte, mas que solta os grandes ladrões).

Latifundiários têm bancada à disposição. Grandes empresas contam com Daniel Dantas para fornecer toda a "infra-estrutura" necessária, desde campanhas como faz as dos tucanos (Serra, Alckmin, Aécio, etc). Ou com multinacionais tipo ALSTON, especialista em ganhar concorrências em governos tucanos, esses negócios assim meio que escondidos mas nem tanto. Só não saem na GLOBO. A rede faz parte do esquema.

Banqueiros, desnecessário dizer que são os senhores absolutos do mundo do crime dito legal. Pagam regabofes para juízes e desembargadores em resorts de alto luxo. Financiam seminários de magistrados, partidos, candidatos, o de sempre.

Os pequenos ladrões ficam à mercê da lei. Terminam nas prisões por terem roubado um ou dois queijos numa rede de supermercados que rouba do cliente todos os momentos ao não devolver o troco quebrado de um centavo, ou de dois, em flagrante violação à lei (mas a lei é deles).

É a reprodução da luta de classes no mundo do crime. Por que o irmão do senador CorrupTasso Jereissati pode entrar em grandes negócios no setor de telefonia, levar milhões do BNDES (dinheiro do FAT – FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR) e a moça que roubou um pote de manteiga numa padaria tem que ficar quase três anos presa?

Pior que isso, o senador Heráclito Fortes, dos DEMocratas (sócios menores do tucanato no mundo do crime legal), quer responsabilizar o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, que cismou de cumprir a lei a revelia do presidente (putz!) do tal stf, o ex-advogado geral da União no governo FHV (Fernando Henrique Vende), gilmar mendes.

É a perfeição no mundo do crime. O delegado vai ser punido. O senador vai representar contra Protógenes, exigir o enquadramento do policial e pronto, fica restabelecida a honra das máfias que controlam o congresso, as instâncias superiores do judiciário (aquelas das quais Dantas disse não ter medo) e encurralam um presidente medroso e que faz pior que avestruz. Avestruz enfia a cara no chão para não ver, Lula chama gilmar para uma foto com tarso genro, aquele que disse que ia fundo doa a quem doer.

Por trás de tudo isso está o processo de privatização do Brasil. O controle do Estado brasileiro. A entrega do patrimônio público a grupos privados sem o menor compromisso com o País, mas garantidos pelo general Augusto Heleno que acha que a culpa é dos índios.

O tal capitalismo.

Os pequenos ladrões não podem ficar a descoberto. Se unidos serão muitos e terão condições de assegurar os seus "direitos", na mesma proporção de Daniel Dantas, Fernando Henrique, José Serra, Salvatore Cacciola, Luís Eduardo Greenhalg, professor Luizinho, um monte de petistas atolados até a alma na corrupção e na sedução do poder.

No grande sanduba sabor PTSDB.

Tem para todo mundo.

É o trem mais simples do mundo: "ladrões de galinha do mundo uni-vos". Elegem uma diretoria, fundam um ou dois partidos, elegem vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores, ganham força para indicar ministros dos tribunais superiores e acabam promovendo a "justiça" do pequeno contra o grande.

Do contrário até os delegados vão parar na cadeia e aí vai ser esculhambação geral. O poder absoluto dos senhores do Estado. Dos acionistas.

Naji Nahas, quando casou um filho ou filha recebeu a fina flor do crime legalizado numa festa de arromba, recebia grana direto em pastas (Pastinha deve estar enlouquecido, é uma ou outra mísera propina...) e está aí, tranqüilo, lépido, fagueiro, sentindo-se injustiçado, perseguido.

Urge uma atitude antes que a situação chegue a um ponto irreversível e os ladrões de queijo para matar a fome não consigam a sobrevivência no modelo FIESP/DASLU. Ou antes que virem todos escravos/zumbis das VALE da vida, ou do "progresso" ARACRUZ.

Se quiserem dar uma bajulada, assim para iniciar uma tentativa de aproximação com os grandes e quem sabe um acordo (unidos serão fortes), podem eleger o Ermírio de Moraes patrono, presidente de honra vitalício. Ou o FHV. Convidar o gilmar mendes para redigir os estatutos da FNLG (FEDERAÇÃO NACIONAL DOS LADRÕES DE GALINHA), aprender logo essa prática do clube de amigos e inimigos cordiais que dominam e controlam o antigo Brasil.

E podem até neutralizar o risco Polícia Militar. Braço armado do crime legalizado.

Mas não pensem em convidar o Pastinha para a diretoria. Do contrário hotel vira sede superfaturada, merreca vem em notinha de troféu de sinuca, montagens porcas são feitas no escuro da maledicência travestida de bonzinhos ajudadores e ai deixa de ser associação de pequenos ladrões, ou a FNLG para desmoralizar mais ainda a categoria de bandidos de pequeno porte, digamos assim, no estilo politicamente correto. Vira pó de traque.

Caso consigam superar obstáculos e dificuldades são capazes até de conseguir vaga no seio patriótico dos tucanos, dos DEMocratas e um bando de setores do PT.

Qualquer dúvida o general Heleno garante. Prende e arrebenta os índios e fala em democracia, progresso e pronto, fica tudo resolvido na hora do JORNAL NACIONAL.

No final das contas, algemas? Só para delegados que teimarem em cumprir a lei.

Fonte: Vi o Mundo

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