Não é politicamente correto escrever "americano" para se referir a alguém nascido nos Estados Unidos.
Estadunidense, recomendam alguns leitores deste site.
Na segunda-feira, 21, eu me peguei abrindo o New York Times e, pela primeira vez na vida, me detive diante de duas manchetes nas páginas 10 e 11:
US FORCES KILL RELATIVES OF IRAQI GOVERNOR
U.S. AND NATO FORCES KILL 13 AFGHANS IN STRIKES SAID TO BE MISTAKES
O extraordinário nisso é que não há nada de extraordinário nisso.
A primeira manchete diz respeito ao fato de que forças especiais americanas mataram um filho e um sobrinho de Hamed al-Qaisi, governador da província de Salahuddin, no Iraque.
Hussam, de 17 anos de idade, foi morto com tiros na cabeça, estômago e ombro enquanto dormia. Uday, primo dele, de 23 anos de idade, foi morto quando tentava entrar no quarto onde o primo dormia. As tropas americanas invadiram a casa alegadamente em busca de "terroristas".
A segunda manchete diz respeito a dois ataques errôneos no Afeganistão. No primeiro, forças americanas pediram assistência aérea contra supostos militantes do talibã. O bombardeio matou nove policiais afegãos. No segundo, forças da OTAN dispararam morteiros que mataram quatro civis.
Somando os dois casos são 15 mortes "sem querer" em apenas um fim-de-semana.
O que me levou a perguntar:
Será que já houve um dia na história recente em que os americanos - ou estadunidenses, como queiram - não mataram alguém?
O que leva essa gente a matar tanto?
Como é que eles matam e ainda cultivam a imagem de que estão salvando o mundo do terror?
Fonte: Vi o Mundo
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