terça-feira, 6 de maio de 2008

Condenado por morte de missionária muda versão para inocentar fazendeiro no Pará

Por Redação Fórum

Dorothy Stang.

Após mais de dez horas de julgamento, o juiz Raimundo Moisés Flexa decidiu suspender para descanso noturno o julgamento de Vitalmiro Moura e Rayfran Sales réus no processo de homicídio qualificado praticado contra Dorothy Stang.

O depoimento de Amair Feijoli Cunha, o Tato, já sentenciado a 18 anos de prisão, foi o mais demorado. Ele, em seu julgamento, confessou ter sido o intermediador do crime, em abril de 2006.

Tato contou que foi procurado pelo fazendeiro Vitalmiro Moura para contratar Rayfran e Clodoaldo, e que Bida e Regivaldo Galvão pagariam R$ 50 mil, de recompensa aos dois executores.

Mas, no depoimento de hoje, 5, como testemunha do fazendeiro, Tato desmentiu o que disse em seu julgamento e só agora é que estaria falando a verdade, por ter se convertido à religião evangélica.

Feijoli Cunha disse, ao depor, que não houve a combinação com os fazendeiros e nem que teria contratado os dois para executar a missionária, inocentando Vitalmiro Moura.

Ele disse também que fora induzido pela advogada que o defendeu para acusar Bida e em troca seria beneficiado com a delação premiada, o que lhe renderia uma pena menor. Segundo o depoimento, Tato teria sido pressionado pelos promotores de Justiça para acusar o fazendeiro e que se não o fizesse pegaria uma pena de mais de 30 anos de cadeia.

A segunda e última testemunha a depor foi Cleone Silva Santos, ex-vaqueiro de Bida. Ele soube do crime quando estava com o fazendeiro Vitalmiro, procurando isentar Bida do crime.
(Com informações do site Última Instância)

Fonte: Revista Fórum


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