sexta-feira, 9 de maio de 2008

ALSTOM: ROUBALHEIRA É DOS TUCANOS

Qual terá sido a operação da Alstom com Dantas ?

ALSTOM: ROUBALHEIRA É DOS TUCANOS
Falta alguém na Alstom


por Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 1120


. A Polícia da França e da Suíça investiga um amplo esquema de distribuição de propinas da empresa francesa de equipamentos pesados Alstom.

. Clique aqui para ler o que o Conversa Afiada disse sobre isso.

. A Alstom, cuidado: ela compete com a Bombardier – e, portanto, com a Embraer – e produz trem bala.

. Quer dizer, daqui a pouco ela desembarca na plataforma do trem bala brasileiro e teremos propinas de novo ...

. A Alstom caiu na malha de juízes suíços que investigavam a lavagem de dinheiro por mafiosos latino-americanos.

. E foi assim, de baixo para cima, que se chegou aos governos tucanos de São Paulo e do Brasil.

. A melhor cobertura do PiG é do repórter – excelente – da Folha (da - Tarde *) Mario Cesar Carvalho.

. Clique aqui para ler “Alstom pagou políticos via offshore, diz PF”.

. Mario Cesar mostra que, no Metrô de São Paulo – aquele da cratera – houve outra cratera: US$ 6,8 milhões.

. Esse é valor da propina de uma obra de US$ 45 milhões.

. (Por falar em cratera, clique aqui para ler as 29 perguntas que o Conversa Afiada envia desde março de 2007 ao presidente eleito José Serquércia sobre a cratera – e que ele não responde)

. Mario Cesar também mostra que tudo se passou nas gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin como governadores de São Paulo.

. Outra parte significativa da investigação dos magistrados suíços é sobre a gorda distribuição de propinas em obras de hidrelétricas durante o iluminado governo do Farol de Alexandria.

. Nas usinas de Itá, Itaipu e na Eletronorte.

. Aí, é coisa mais gorda, porque as obras são de, por exemplo, US$ 1,4 bilhão, só para falar de Itá, na área da Eletrosul...

. Quer dizer: propina do tipo “triplo A”, AAA – bem no estilo dos tucanos.

. Coisa gorda e discreta ...

. Por falar nisso, um amigo leitor do Conversa Afiada chamou a atenção para outra operação importante da Alstom no Brasil: com o metrô do Rio, na administração do Banco Opportunity.

. O amigo nos enviou o trecho de uma publicação que mostra a historia das obras do metrô do Rio e vejam que a Alstom está lá, ao lado de Daniel Dantas.

. Não é a Alcatael, não.

. É a Alstom.

. Sobre as ligações da Alcatel com a Brasil Telecom nos bons tempos do Daniel Dantas, clique aqui para ler.

. Sobre o fato inexplicável de a mesma Brasil Telecom, já sob a direção de Ricardo K, apesar de tudo, ter assinado, em 2008, nas vésperas da consumação da “BrOi”, um contrato milionário com a Alcatel, clique aqui)

. Mas vamos voltar à Alstom, tema, agora, da investigação do PiG.

. Sobre a ligação do metro do Rio com a Alstom, provavelmente o PiG silenciará.

. Porque com o PiG não fala mal de Daniel Dantas.

. Aliás, o PiG não fala de Daniel Dantas.

. Ponto. Nem bem nem mal.

. Clique aqui para ler o excelente editorial de Rubens Glasberg sobre o “silêncio ensurdecedor” a respeito de Daniel Dantas.

. Ainda mais que a irmã de Dantas financiou uma empresa da filha de José Serquércia.

. Veja o que se sabe dos serviços que a Alstom prestou a Daniel Dantas, no metrô do Rio:

No dia 19 de dezembro, o Consórcio Opportrans (Cometrans-Buenos Aires e Sorocaba
Empreendimentos SA do Banco Opportunity) vence a concorrência de concessão das atividades de
operação e manutenção do sistema. O Contrato é assinado no dia 27 de janeiro de 1998, com prazo de
concessão de 20 anos, renováveis por mais 20 anos, contados a partir do dia 5 de abril de 1998, início
da concessão.

No dia 22 de dezembro, inauguração de viaduto rodoviário, com 360 metros de extensão, sobre a linha
2, entre as estações de Thomaz Coelho e Engenho da Rainha.

Realização de anteprojeto para construçã do trem de levitação magnética – HSST - entre o Centro e a
Barra da Tijuca, com inesvtimento total previsto de 1 bilhão de reais. O projeto prevê a construção de
sete estações (Terminal Alvorada, Jardim Oceânico, Fashion Mall, Praça Santos Dumont, Metrô
Botafogo, Aeroporto Santos Dumont e Metrô Carioca) com tempo de viagem 22 minutos entre a Barra
e o Centro. Cada trem, com oito composições,, tem capacidade para até 800 passageiros.

No dia 23 de dezembro a empresa japonesa K. Inada Consultoria e Empreendimentos pede autorização
à Feema para construção da linha de trem de levitação magnética (HSST - High Speed Surface
Transport) entre o Centro e a Barra da Tijuca.

Em dezembro, da frota patrimonial de 30 carros articulados do metrô, apenas 12 eram usados na
operação da linha 2, formando 6 composições de dois carros cada uma.

A linha 940 (Ramos-Madureira), da empresa Caprichosa, passa a fazer integração tarifária com o metrô na estação Vicente de Carvalho.

Foram iniciados em 1997 o o Projeto Básico de expansão do Metrô à Barra da Tijuca, a partir da
Tijuca, até o Jardim Oceânico e o Estudo de Viabilidade Técnico-Econômico do trecho Arcoverde-
Siqueira Campos. O Estudo Preliminar de Expansão do Metrô para a Barra da Tijuca, a partir da
Tijuca, começou em 1995, objetivando aliar a busca de um traçado de menor custo, através do
prolongamento do tramo norte da Linha 1 até o Jóquei, na futura linha 4, que faria o trajeto até o
Jardim Oceânico. A estação Jóquei seria de transferência, em dois níveis, permitindo futuramente o
fechamento da linha 1 e a expansão da Linha 4 até o Centro. Cerca de 80% do trecho de 14,8 km
Tijuca-Jardim Oceânico seria implantado na rocha, minimizando o custo de implantação. Estava
previsto para fevereiro de 1998 a conclusão do Projeto Básico, que estava sendo elaborado pela
empresa Engevix Engenharia S/C Ltda.,vencendora da licitação de 28/07/97.

Foi concluída a licitação referente a exploração comercial do estacionamento, com sistema
automatizado, do rabicho da Tijuca, tendo como vencedora a empresa Estapar Estacionamentos S/C
Ltda., com prazo de exploração de 5 anos.

A Companhia do Metropolitano firma com a empresa Alsthom Brasil Ltda. o contrato 1035/97, para
fornecimento do sistema de comando centralizado, controle de tráfego e cronometria nos trechos Saens
Peña-Arcoverde e Estácio-Pavuna, e também para o sistema de sinalização do trecho Maria da Graça-
Pavuna, e para o sistema de pilotagem automática do trecho Estácio-Pavuna.
Concessão.

(*) Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.

Fonte: Conversa Afiada


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