por Alon Feuerwerker
O Pentágono acaba de informar: após a leitura de mais de 600 mil documentos capturados e milhares de horas de interrogatórios de colaboradores de Saddam Hussein, concluiu-se que, simplesmente, não havia ligações entre o governo dele e a Al-Qaeda. Antes, já se havia chegado à conclusão de que Saddam não tinha as tais armas de destruição em massa. Bem, o pretexto americano para invadir o Iraque foi o perigo de as armas iraquianas de destruição em massa serem repassadas à Al-Qaeda. De duas, uma: ou 1) os Estados Unidos tinham informações erradas ou 2) o governo dos Estados Unidos mentiu deliberadamente para obter apoio à invasão do Iraque. Eu sou mais a 2, até porque hoje em dia parece claro que os Estados Unidos só se meteram no Iraque porque tinham uma convicção razoável de que Saddam não possuía as tais armas mortíferas. Minha aposta decorre de uma constatação: quando o adversário parece tê-las, Wahington prefere pressionar a guerrear. É o caso, por exemplo, da República Democrática e Popular da Coréia (a do Norte). Mas você pode achar que eu estou errado. É seu direito. De todo modo, com mentiras deliberadas ou equívocos, os objetivos americanos no Iraque foram atingidos. O país deixou de existir como nação independente e os Estados Unidos controlam o seu petróleo, além de terem chegado às fronteiras do Irã. Dito isso, e se você é dos meus, se está mais preocupado com os fatos do que com a propaganda, talvez seja o caso de manter pelo menos um pé atrás em relação às acusações que os Estados Unidos dirigem contra a Venezuela e o Equador, por supostas relações indevidas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Para não passar vergonha depois. Se, é claro, você é dos que se preocupam com isso (passar vergonha).Fonte: Blog do Alon
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