Por Antônio Mello
Há 40 anos, em 16 de março de 1968, tropas americanas dizimaram a população civil da província de My Lai, no Vietnam. Foram centenas de pessoas mortas, na grande maioria idosos, mulheres e crianças, naquele que ficou conhecido como o maior massacre da guerra do Vietnam.
O massacre que durou várias horas de caça a sobreviventes, só foi interrompido por iniciativa de um piloto de helicóptero, Hugh Thompson, Jr., que vendo do alto a matança e o assassinato de civis feridos, pousou o aparelho e ameaçou atirar com as metralhadoras de sua própria nave contra soldados americanos.
Em 1970, um grupo de soldados foi indiciado e tudo ficaria por isso mesmo, como uma ação louca de um batalhão americano, se não viessem à tona novos documentos que mostram que My Lai não foi um acidente, mas era uma estratégia do comando americano na guerra do Vietnam.
Os documentos mostram que o general William C. Westmoreland, comandante supremo das forças americanas nos Vietnam, através da Diretriz 525-3, deixava claro que se devia respeitar a população civil, desde que não estivesse em áreas consideradas bases do Vietcong – o que era o caso de My Lai.
Do grupo dos acusados pelo massacre de My Lai, apenas o tenente William Calley, comandante do pelotão responsável pelas mortes foi indiciado e julgado.
Condenado à prisão perpétua, Calley foi perdoado dois dias depois da divulgação da sentença pelo Presidente Richard Nixon, cumprindo uma pena alternativa de três anos e meio em prisão domiciliar na base militar de Fort Benning, na Geórgia.
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