COLÔMBIA IMPLANTA NA AMÉRICA LATINA A "DOUTRINA DO ATAQUE PREVENTIVO"
SÃO PAULO - A falta de coragem, de ousadia e a síndrome do "em cima do muro", que são marca do governo Lula em vários episódios domésticos, se cristalizaram na crise internacional em que o Brasil está calado, mais de 48 horas depois dos acontecimentos.
Até os governos do México - oferecendo mediação - e da França - lamentando a morte de Raúl Reyes - já se manifestaram.
De Brasília não saiu um pio.
E aqui há algumas obviedades tão gritantes que eu mesmo poderia escrever uma nota que teria 100% de respaldo dos brasileiros: um conflito regional não interessa ao Brasil; o país reafirma seu compromisso integral com a defesa da soberania de seu territorio. Só isso. Depois a gente entra em detalhes.
O que a Colômbia fez foi aplicar, na América do Sul, a "doutrina do ataque preventivo" do governo Bush. Isso abre as portas para que a Argentina faça o mesmo no Uruguai, o Brasil faça o mesmo no Paraguai e a Bolívia faça o mesmo no Chile.
Há muitas outras considerações políticas e estratégicas a fazer: a Colômbia se consolida como o braço militar dos Estados Unidos na América do Sul. A interceptação de chamadas feitas por telefone via satélite exige alta tecnologia, assim como um ataque aéreo noturno seguido de desembarque de tropas. Toda essa tecnologia foi fornecida à Colômbia pelos Estados Unidos, para não falar da assessoria direta prestada por Washington na área de coleta de informações.
Por Luiz Carlos Azenha - fonte: http://www.viomundo.com.br
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