A Veja poderá publicar em breve uma reportagem-denúncia sobre o jornalista Luís Nassif, conforme ele mesmo informou hoje em seu blog. Seria uma resposta à série preparada por Nassif sobre os bastidores da revista. A reportagem também incluiria ataques a outros jornalistas, dentre os quais Mino Carta e Paulo Henrique Amorim, dois outros críticos constantes do jornalismo praticado pela revista. A internet tem sido um importante instrumento para desvendar os interesses políticos e econômicos que, muitas vezes, se sobrepõem ao interesse público na prática do Jornalismo.
Isso é especialmente deplorável quando envolve emissoras de rádio e de televisão, que são concessões públicas. Um dos exemplos mais recentes disso foi a cobertura irresponsável de parte da mídia sobre a epidemia de febre amarela que não houve.
Recentemente, Luís Nassif também se envolveu em polêmica com o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel.
Não se sabe o grau de "parentesco" de Kamel com os editores de Veja. Mas, precedendo uma recente aparição de Diogo Mainardi no programa do Jô, gravado em São Paulo, o colunista de Veja foi ciceroneado por uma jornalista da emissora que é assessora informal de Kamel.
Durante a campanha eleitoral de 2006, todas as denúncias de capa da revista Veja contra o governo Lula recebiam ampla cobertura no Jornal Nacional de sábado, independentemente da comprovação ou não do conteúdo. Com isso, as denúncias ganhavam fôlego televisivo e avançavam semana adentro, até a próxima capa de Veja.
Capas de outras revistas não mereceram o mesmo tratamento da emissora. Nenhuma capa de revista levantando dúvida sobre políticos do PSDB mereceu repercussão na TV Globo, no que batizei de "repercussão seletiva de capas".
por Luiz Carlos Azenha - fonte:http://www.viomundo.com.br
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