Sebastião Salgado |
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Quando a pobreza chega a níveis intoleráveis, muitos tentam mudar para as grandes cidades. Os mais aventureiros migram para países ricos distantes. Às vezes só os homens partem, às vezes famílias inteiras arriscam suas vidas para ir a lugares desconhecidos. Sua mudança opera transformação profunda, tanto no meio social do lugar onde passam a morar como nele mesmo. |
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Na entrada do campo de detenção há uma réplica da Estátua da Liberdade, com a pomba da liberdade numa mão e flores na outra. A estátua foi esculpida por um refugiado. Ilha de Galang, Indonésia, 1995. |
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Prisão com milhares de crianças que nunca viram um cachorro,
uma vaca, um cavalo ou um jardim. Hong Kong, 1995.
A África tem sido profundamente afetada pelo sofrimento e desespero de seu povo marcado pela pobreza, fome, corrupção, despotismo e guerra. Trinta anos depois de Salgado ter visitado o continente, ele descobriu que no geral, a situação está ainda pior. Como o mundo reage? "Há 50 anos, o mundo dizia que 'não sabia' do Holocausto," escreve Sebastião Salgado. "A televisão informou o mundo sobre os massacres de Ruanda e as expulsões em massa de bósnios, servos e kosovares quase simultaneamente. Mesmo assim, o terror continuou." |
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A guerra civil, responsável por décadas de paralisia no Sudão, gerou uma onda de refugiados numa área que, até os anos 50, era habitada por tribos nômades. Para proteger-se, os refugiados formam grupos, criando povoados de milhares de pessoas, que então enfrentam a falta de água e comida. Os jovens vivem uma crise pessoal: forçados a lutar tanto pelo governo como pelos rebeldes, suas famílias optam por enviá-los aos campos de refugiados no Quênia, para onde devem caminhar.
Esta moça teve um filho há dois dias, no caminho do Sudão
para este campo, ao norte do Quênia. Kakuma, Quênia, 1993.
fonte: http://www.terra.com.br/sebastiaosalgado/index.htm
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