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por Antônio Martins

As idéias do Put People First: ao invés de discurso ideológico, propostas concretas, capazes de grandes transformações

Eis uma versão em português da plataforma de doze pontos do movimento quer organiza a grande manifestação de Londres:

I. Salvar primeiro as pessoas: assegurar governança democrática da economia:

1. Obrigar os paraísos fiscais a respeitarem normas internacionais rigorosas.

2. Promover reformas amplas no sistema de direção e governança do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional.

3. Tornar todas as instituições financeiras, produtos financeiros e empresas transnacionais transparentes e sujeitas a prestação pública de contas.

II. Empregos: ocupações decentes e serviços públicos para todos:

4. Promover investimentos maciços num new deal verde, para construir uma economia sustentável, baseada em trabalho decente e remuneração justa.

5. Fortalecer os orçamentos destinados aos serviços públicos.

6. Agir para assegurar recursos de emergência para todos os países que deles necessitam, sem exigir contrapartidas e condicionalidades prejudiciais às sociedades.

III. Justiça: acabar com a pobreza e a desigualdade globais:

7. Destinar, até 2013, ao menos 0,7% da renda nacional dos países ricos para o apoio ao desenvolvimento, e de forma mais eficaz; pressionar para o cancelamento de todas as dívidas ilegítimas ou impagáveis dos países do Sul.

8. Assegurar que os Estados mais pobres tenham condições de gerir suas economias, inclusive controlando os fluxos externos de capital financeiro.

9. Interromper as pressões para que os países em desenvolvimento liberalizem e desregulamentem suas economias; não tentar retomar a Rodada de Doha, rejeitada diversas vezes por estas nações.

IV. Clima: Construir uma economia verde:

10. Além do new deal verde (recomendação 4), introduzir as regulamentações robustas e os incentivos financeiros necessários para construir uma economia verde.

11. Promover, na conferência de Copenhagem, um acordo que assegure cortes substanciais e comprováveis nas emissões de gases do efeito-estufa, de forma a evitar que o aquecimento terrestre ultrapasse 2º C.

12. Assumir compromissos com novas e substanciais transferências de recursos do Norte para o Sul, para apoiar as adaptações energéticas e o desenvolvimento sustentável nos países empobrecidos.

Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil

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