por Renato Rovai
A Polícia Federal está neste momento no prédio da Construtora Camargo Correa. Segundo informações não checadas, estariam no prédio aproximadamente 100 policiais. Eles teriam chegado às 6 h da manhã com mandado de busca e apreensão.
Todos funcionários que estavam no prédio, tiveram de sair. Os que chegaram a partir deste horário foram impedidos de entrar. O grupo não é só a construtora, fazem parte dele, por exemplo, a Alpargatas, que produz as famosas havaianas.
Atualização 1: O que apurei é que o nome da Operação é Castelo de Areia e que tem relação com as ações da Construtora e não de outras empresas do Grupo. O impressionante que a ação começou às 6h da manhã e já estamos quase no meio do dia. Só este blogue está tratando do assunto.
Atualização 2: Puxei o texto que segue da página eletrônica da Agência de Notícia da PF. Ele parece ter sido escrito antes da operação, mas dá pistas importantes sobre o evento.
A Polícia Federal realiza hoje, 25, em São Paulo e Rio de Janeiro, uma operação contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro, denominada Castelo de Areia, a operação visa desarticular quadrilha inserida em uma grande construtora nacional, razão do nome escolhido. Foram expedidos 10 Mandados de Prisão e 16 Mandados de Busca e Apreensão.
Serão presos funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados. A quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo.
Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações, os quais somados podem chegar a 27 anos de prisão.
Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão que chega a 6 anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas condutas.
Será concedida coletiva de imprensa na Superintendência da PF em São Paulo, às 15:30h.
Atualização 3: A seguir a nota à imprensa emitida pelo grupo Camargo Côrrea. O curioso da nota é o trecho que fala dos empregos e da quantidade de países que a empresa opera. É muito comum esse tipo de justificativa quando grupos empresariais são investigados. Gerar empregos e ser uma grande empresa não exime nenhuma corporação de ter de respeitar as leis do país onde está sediada. Quem deve dizer se a Camargo cometeu ou não operação criminosa é a justiça, mas me intriga esse tipo de argumento como arma de defesa.
Nota oficial:
A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação.
A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais, gerando mais de 60 mil empregos no Brasil e em 20 países em que atua. Em 2008, o Grupo faturou cerca de R$ 16 bilhões, gerando riqueza ao País e às comunidades em que suas empresas estão inseridas.
O Grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas.
Fonte: Blog do Rovai
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