por Guilherme Scalzilli
O crime não foi solucionado. Provas adulteradas ou destruídas, suspeitos chacinados por policiais civis, testemunhas importantes ignoradas, depoimentos contraditórios: as investigações exibiram tamanhas irregularidades que logo ficou evidente que ninguém, nos governos estadual e federal, queria um inquérito decente.
O único indiciado pelo Ministério Público ainda vivo é Wanderson de Paula Lima, o famoso Andinho, que está preso. Curiosamente, Andinho admite dezenas de horrores, mas sempre negou ser responsável pela morte do prefeito, tida como “acidental” pelos promotores (ou seja, teoricamente atenuada).
Muita gente parecia querer Toninho morto: a máfia do transporte alternativo, o poderoso lobby das empresas de coleta de lixo, construtoras, etc – todos envolvidos em esquemas que podem remeter a antigos grupos políticos da cidade, ligados ao PSDB serrista e ao PMDB quercista.
O caso jamais será esquecido, mas agora volta ao noticiário indiretamente, na acusação de que Andinho teria coordenado, do xilindró, um ataque à redação do jornal Correio Popular. Como em todo episódio envolvendo imprensa e polícia campineiras, a história está mal contada e parece servir a interesses momentâneos.
A viúva, Roseana Garcia, encabeça uma comovente campanha pelo esclarecimento do assassinato, através da página “Quem matou Toninho?”, iniciativa que merece apoio incondicional. Resta uma segunda indagação: por que a verdade sobre o assassinato de Toninho incomoda tanto as autoridades locais?
Fonte: Blog do Guilherme Scalzilli
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