quarta-feira, 25 de março de 2009

Juiz De Sanctis pega criminosos ricos de novo

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por Paulo Henrique Amorim

O que a Camargo Corrêa faz que os outros não fazem?

O que a Camargo Corrêa faz que os outros não fazem?

Esquema desviou dinheiro de obras públicas para contas no exterior, diz PF
Policiais investigam há mais de um ano a construtora Camargo Corrêa.
De acordo com a PF, partidos políticos teriam recebido doações ilegais.

Leia a íntegra do texto no site G1.



O corajoso juiz Fausto De Sanctis é incorrigível.

Depois de prender Daniel Dantas duas vezes, prende quatro diretores de Camargo Corrêa e enfia a mão no câncer que se localiza entre a FIE P* e os grandes partidos políticos no Brasil.

A Camargo Corrêa é uma das estrelas do PAC e de todas as grandes obras brasileiras desde que Sebastião Camargo a fundou.

A Camargo Corrêa não deve fazer nada diferente do que fazem as outras empreiteiras brasileiras, também estrelas do PAC.

A ligação cancerígena entre as empreiteiras brasileiras e os partidos políticos ficou demonstrada de forma inequívoca pelo trabalho do corajoso delegado Paulo Lacerda, que investigou o Esquema PC Farias.

O Ministério Público e a Justiça Federal deveriam honrar os cidadãos brasileiros dando nome aos bois: quem são os diretores da FIE P* e quais são os partidos políticos que meteram a mão nessa grana suja.É bom lembrar que o presidente da FIE P* ensaia a candidatura a governador de São Paulo.

Definitivamente, é preciso enforcar o juiz De Sanctis.

Se ele continuar solto, De Sanctis vai um estrago na elite branca e, no caso de São Paulo, separatista.

Amanhã, 18 desembargadores da Justiça Federal de São Paulo decidirão se De Sanctis vai ser enforcado já ou se demora mais um pouco (saiba por que até os juízes acham que Gilmar foi leviano).

por Paulo Henrique Amorim

(*) O Conversa Afiada passou a usar a sigla FIE P em lugar de FIESP depois que a FIE P ajudou a derrubar a CPMF com o objetivo precípuo de apagar os vestígios das operações de caixa dois que, agora, se demonstram com a prisão dos quatro diretores da Camargo Corrêa. Em São Paulo, entre outras notáveis contribuições ao léxico brasileiro, se diz “ bahani”, em lugar de caixa dois…

Leia abaixo a nota enviada pela FIE P (*) ao Conversa Afiada:

Com ética e absoluto respeito à liberdade de imprensa — valores que pautam o trabalho da área de Comunicação Corporativa desta Casa —, sobre o assunto “Operação Castelo de Areia”, veiculado hoje no seu blog, afirmo-lhe que:

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é uma entidade apolítica, independente, voltada aos interesses coletivos da indústria paulista e da sociedade brasileira. A Fiesp não se envolve, de maneira alguma, em eventuais relações entre empresas do setor que representa e partidos políticos, ou candidatos deles.

A Fiesp, com seus 131 sindicatos afiliados, representa cerca de 130 mil empresas da indústria. Conta com cerca de seis mil empresários que atuam, voluntariamente, em seus quadros em todo o estado de São Paulo, sendo 1.256 diretores em diversas áreas.

A Fiesp não teme qualquer investigação, acompanha os fatos com o mesmo interesse da sociedade e está confiante no trabalho da Justiça.

Tomo a liberdade de lembrar-lhe que, em nenhum momento da entrevista coletiva concedida hoje à tarde pela Polícia Federal, o nome da Fiesp foi mencionado.

O Conversa Afiada apurou que a FIE P (*) é realmente mencionada na investigação da PF e da Procuradoria da República. O nome da instituição aparece em diálogos capturados nos grampos da operação Castelo de Areia.

Segundo a Procuradoria da República, a FIE P (*) “ainda” não é investigada, pois seu nome é apenas citado por pessoas que foram flagradas no grampo. Conforme declaração da procuradora Karen Kahn, só a continuidade da investigação irá identificar as responsabilidades de cada um dos citados.

O nome do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia, também aparece no inquérito, conforme divulgado pelo site da revista Época. Agripino é destinatário de doações da Camargo Corrêa e confirmou à revista que recebeu dinheiro da empreiteira, mas disse que todos os repasses foram legais.

Agripino afirma que as informações sobre esses repasses foram transmitidas a ele por Luiz Henrique Maia Bezerra, representante da FIE P (*) em Brasília. O Conversa Afiada apurou que Luiz Henrique aparece nas gravações da investigação ao cobrar de diretores da Camargo Corrêa doações para vários partidos. É justamente esse diálogo um dos pontos nos quais a investigação irá agora se concentrar para descobrir se as doações mencionadas no telefonema foram legais ou não.

Fonte: Conversa Afiada

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