sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ressurreição do Horror

Por Georges Bourdoukan - Fonte: Blog do Bourdoukan

E fez-se a Opus Dei. À imagem e semelhança da frase,Viva La muerte! Abajo la inteligencia! de Millán Astray, o general que durante a guerra civil espanhola assassinava intelectuais por hobby. Que o diga o poeta García Lorca.

Passados setenta anos renascem o general e seus seguidores opusdeístas na figura de Herr Ratzinger, o papa B16, cuja pena se torna mais brutal e mortífera que os aviões F 15, que despejam bombas contra os que não se submetem ao império.

B16, em sua orgia santificante, resolve de uma só penada beatificar centenas de membros do clero espanhol que cerraram fileiras ao lado do ditador Franco; nas palavras do então arcebispo de Valência, foi uma “guerra pedida pelo Sagrado Coração de Jesus”, ou do então cardeal Goma: “O general Franco é o instrumento dos planos de Deus sobre a Terra”. E ainda a carta pastoral dos bispos espanhóis: “Ninguém pode negar que o deus ex machina dessa guerra foi o próprio Deus, a sua religião, os seus foros, a sua lei, a sua existência e a sua influência atávica na nossa história”.

E, apesar do apoio da excrescência opusdeísta, os republicanos não esmoreciam e só não escorraçaram Franco e sua corja graças ao apoio da aviação nazista de Hitler, cuja Divisão Condor não poupou Madri e Guernica. Os fascistas de Mussolini também acudiram os golpistas enviando, além de aviões, tropas de infantaria e blindados.

O avanço das hordas franquistas, que já haviam assassinado centenas de milhares de espanhóis, recebeu o apoio do papa Pio 12, que em carta dirigida a Franco dizia: “Elevando a nossa alma a Deus, congratulamo-nos com Vossa Excelência pela vitória tão desejada da Espanha católica. Formulamos os nossos votos de que o vosso querido país, uma vez obtida a paz, retome com vigor acrescido as suas antigas tradições cristãs que lhe granjearam tanta grandeza. É animado por estes sentimentos que dirigimos a Vossa Excelência e a todo o nobre povo espanhol a nossa bênção apostólica”.

Poderia citar inúmeros outros membros do clero espanhol que cerraram fileira ao lado do ditador Franco, mas creio que isso é desnecessário, já que eles continuam mais vivos do que nunca na figura do atual papa que insiste em não esquecer o seu passado nazista. Imagino a postura do jovem Ratzinger em seu reluzente uniforme da juventude nazista. E hoje, depois de beatificar de uma só penada 498 malfeitores, não estranharia se, ao dormir, murmurasse ao seu travesseiro,: Mein Führer, nós vencemos! Vencemos!... Vencemos... zzz...zzz...zzz...Zig Heil”!!!

Publicado em Caros Amigos de março
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