quinta-feira, 17 de abril de 2008

Enquanto isso na Faixa de Gaza e em Israel...

por Georges Bourdoukan

Limpeza étnica


No dia sete de abril escrevi:
“O Hamas propôs uma trégua ao governo de Israel.

Israel deve responder com uma chuva de mísseis sobre Gaza.
Esta não é a primeira vez que o Hamas propõe trégua.
E, lamentavelmente, não será a primeira vez
que tal oferta será ignorada”.

Ontem a chuva de mísseis se confirmou.
Tropas de Israel assassinaram 22 palestinos.
Entre os assassinados, cinco crianças e
um jornalista.

O jornalista era um cinegrafista da agência de
notícias Reuters, Fadel Shana, de 23 anos. Fadel
foi vítima do disparo de um tanque israelense.
Ele foi atingido depois de sair de um veículo marcado
com as palavras "TV" e "imprensa"

Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém,
Tim Frank, as cinco crianças assassinadas tinham
entre cinco e dez anos de idade.

Não satisfeito em manter mais de um milhão e meio

de palestinos no maior campo de concentração
do mundo, o governo de Israel dá prosseguimento
à segunda etapa de seu projeto: limpeza étnica.

Nem Carter conseguiu entrar em Gaza

Tanques, blindados e helicópteros invadiram novamente Gaza e assassinaram cinco palestinos. Foi a resposta que o governo de Israel deu ao ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, que teve permissão negada para entrar no território palestino para um encontro com os dirigentes do Hamas.

Gaza continua sitiada.
Gaza continua sem água potável.
Gaza continua sem combustível.
Gaza continua sem energia elétrica.
Gaza continua ignorada pela humanidade!

Divórcio quase impossível

Ser mulher em Israel não é fácil. E tentar o divórcio é uma agonia.
Em Israel o divórcio é quase impossível

Atualmente centenas de mulheres que requereram a separação continuam aguardando e algumas esperam há mais de 10 anos.

É que em Israel não existe o matrimonio civil; os hebreus sejam pessoas religiosas,
agnósticas ou ateias, só podem casar-se pelo rito religioso e estão submetidas aos Tribunais Rabínicos, que têm o monopólio da justiça.

“Só o homem pode conceder o divórcio! E tem que entregá-lo por escrito e pessoalmente à mulher”, explica Susan Weiss, diretora da ONG Centro para a Justiça das Mulheres.

Nem mesmo nos casos em que os maridos simplesmente abandonam o lar ou “desaparecem”, a mulher pode recomeçar sua vida. E se eventualmente ela o faz, os filhos surgidos desse matrimônio são considerados “bastardos”e, conseqüentemente, só poderão casar com “bastardos”.

Segundo a advogada Rivkah Lubitch, "é um estigma social muito sério, para os
religiosos e para os que não o são: seus filhos e os filhos de seus filhos serão considerados, durante gerações, legalmente bastardos.

Fonte: Blog do Bourdoukan

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