Capa da Carta Capital que está nas bancas
por Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 1966
. Mino não perdoa: a Carta Capital chegou às bancas de São Paulo com o perfil implacável do empresário Gilmar Mendes, que acumula a Suprema Presidência do Supremo Tribunal Federal.
. O Conversa Afiada tinha avisado – clique aqui para ler “Mino Carta vem aí” – aos leitores da Carta em Brasília: corram às bancas antes que os amigos de Mendes façam como ACM fazia na Bahia e não deixava a Carta circular.
. Leia um trecho da reportagem de Leandro Fortes:
O empresário Gilmar
A engrenagem de poder e influência que faz da escola do presidente do STF um negócio de sucesso
Por Leandro Fortes
“Quem quiser ficar rico, não vá ser juiz”
João Batista de Arruda Sampaio, desembargador e jurista (1902-1987)
Desde que veio à tona a história do suposto grampo de uma conversa com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, galvanizou os anseios de uma parte da sociedade que enxerga nos ministros de tribunais superiores a chance de controlar o poder negado nas urnas em eleições recentes. Como “vítima” de uma interceptação ilegal até agora não comprovada, Mendes acabou alçado à condição de paladino do Estado de Direito, dos valores republicanos e, por que não, da moralidade pública. O episódio exacerbou uma tendência crescente do STF, a de interferir além dos limites de sua atribuição na vida dos demais poderes. Coube a Mendes chegar ao extremo, quando chamou “às falas” o presidente da República por conta da mal-ajambrada denúncia do tal grampo. O Congresso, a Polícia Federal, os juízes de primeira instância, o Ministério Público, ninguém escapa da fúria fiscalizadora do magistrado que ocupa o principal cargo do Poder Judiciário no Brasil.
Quem tem a pretensão e o pendor para “varão de Plutarco”, presume-se, segue à risca na vida particular os padrões morais que prega aos concidadãos. Não parece ser este o caso de Mendes. A começar pela sua participação no controle acionário do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Há de cara um conflito ético, ainda que as regras da magistratura não sejam claras o suficiente sobre a permissão de juízes possuírem negócios. Criado em 1998, o IDP organiza palestras, seminários e treinamento de pessoal, além de oferecer cursos superiores de graduação e pós-graduação. Entre 2000 e 2008, faturou cerca de 2,4 milhões de reais em contratos com órgãos ligados ao governo federal, todos firmados sem licitação. No quadro de professores contratados pelo instituto figuram ministros de Estado e dos tribunais superiores, e advogados renomados, vários deles defendendo clientes com ações que tramitam no STF presidido por Mendes.
. (Leia a reportagem completa na edição impressa da revista Carta Capital).
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Fonte: Conversa Afiada
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