segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fala, Carlos: Os paulistas, 1932 e a "prostituta"


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por Carlos

Encontrei num velho jornal de bairro uma reportagem sobre 1932, com algumas daquelas imagens de época. Na matéria, tem o trecho de um discurso de Júlio de Mesquita Filho, diretor do que? D'O Estado de São Paulo.

"Anulada a autonomia de SP, o Brasil se transformou num vasto deserto de homens e de idéias. ... E, se o nosso afastamento da direção da coisa pública equivaleu à implantação do caos e da desordem em todo o território nacional, a ordem, a tranquilidade, a disciplina, em uma palavra, o império da lei e da justiça só poderá ser restabelecido no dia em que SP voltar à sua condição de líder insubstituível da nação..."

Sei lá, não sou historiador, vou juntando as coisas de maneira meio aos pedaços, mas me parece que o PSP -Partido Separatista Paulista- não é uma idéia nova e nem nascida no chão de fábrica. As coisas da história me foram ensinadas de maneira estanque na escola, como se um fato não fosse consequência de outros e não desencadeasse outros.

Vai ver que o anti-petismo tenha nascido antes do PT, como um sentimento de defesa contra qualquer coisa que ameaçasse o poder dos Barões, dos banqueiros e demais Cavaleiros da Távola Redonda Paulista. O sindicalismo fez greves em plena ditadura, disso nasceu um partido com pretensões de poder. Colocaram, então, a mídia numa campanha permanente de satanização do PT. Sei lá, acho que é mais ou menos isso. PeTista que se divorcia e casa de novo vira "puta"; perguntar o estado civil de um amigo dos Barões gera indignação.

Fonte: Vi o Mundo

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