quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Eleições 2008 - Bahia e Minas

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por Renato Rovai

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Da mesma forma que suspeitei que aquele crescimento repentino de Márcio Lacerda no começo de setembro, indicando que ele poderia liquidar a fatura no primeiro turno, não era consistente, também estava considerando esquisita demais essa enorme vantagem de Quintão no segundo turno.

Acabo de ser informado que pesquisas do PT em BH já apontam a disputa embolada, com 42% para Quintão e 41% para Lacerda.

A eleição de BH, dada as barbeiragens da condução política local, já é um case a ser estudado, mas quem dá como certa a vitória do candidato do PMDB naquela capital, pode ir colocando as barbas de molho.

As máquinas do governo do Estado e da Prefeitura estão fazendo a diferença.

Juiz de Fora é outra cidade mineira onde a força da máquina também pode virar o jogo. Aécio Neves entrou com tudo para derrotar a candidatura petista e pesquisas internas já apontam empate técnico com tendência de virada de Custódio Matos.

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Como boa parte dos brasileiros, amo a Bahia. Um dos meus cantos preferidos em São Paulo é o restaurante Soteropolitano. Sotero é Salvador em latim. Politano é cidadão. Quem nasce em Salvador da Bahia é Soteropolitano. Hoje menos, mas quando era um habitué do lugar, dizia que era um Soteropaulistano. Trocadilho barato, mas que explica minha paixão por essa terra.

Mas o caso é outro. Tenho cá para mim que em Salvador vai dar Walter Pinheiro. Mas e as pesquisas? Pois então, às pesquisas, pois. O Ibope diz que no segundo turno há empate. Com 44% tanto para João Henrique quanto para o petista Pinheiro. O Datafolha apontou neste fim de semana 48% para o atual prefeito e 41% para Pinheiro. Alguém está errando. São sete pontos de diferença, mais do que a famosa margem de erro que permite três para cima e três para baixo, que, convenhamos, já é algo bastante exagerado para uma eleição de segundo turno com apenas dois candidatos.

Mas, não me surpreenderei se o resultado for completamente outro. Na última eleição para governador, o petista Jacques Wagner tinha sua eleição considerada perdida até uma semana antes do primeiro turno. E venceu.

Há uma semana antes do primeiro turno, ACMinho estava em primeiro em Salvador. Acabou em terceiro.

É curioso como em certos lugares as pesquisas erram mais do que em outros.

A propósito, ACMinho é da família do ex-ACmão. Aquele cuja família controla a retransmissora local da TV Globo.

Posso morder a língua, mas costumo desconfiar das pesquisas eleitorais na Bahia.

Fonte: Blog do Rovai - Revista Fórum

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