quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Cada vez mais perto da História

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por Luiz Carlos Azenha

Faltando duas semanas para a eleição nos Estados Unidos a campanha do republicano John McCain está ficando sem oxigênio para resistir.

Por força de seu grande poder de arrecadação, principalmente através da internet, o democrata Barack Obama gasta de três a quatro vezes mais que seu oponente em comerciais de televisão nos mercados mais importantes do país, tornando uma reviravolta na campanha cada vez mais improvável.

Também conta em favor de Obama o fato de que até o dia da eleição cerca de um terço dos votos terão sido dados antecipadamente, já que a maioria dos estados americanos permite que o eleitor se manifeste, pessoalmente ou através do correio, antes mesmo de 4 de novembro. Com isso, a tradicional "surpresa de última hora", se ocorrer, perde impacto.

As pesquisas mais recentes mostram uma leve recuperação de McCain em alguns estados decisivos, notadamente Ohio e a Flórida. O problema para o republicano é que a estratégia do democrata não se assenta na vitória em um destes dois estados. O dinheiro de Obama permite que ele ataque em dezenas de estados ao mesmo tempo, dificultando a "defesa" dos republicanos mesmo em regiões tradicionalmente conservadoras.

Os estrategistas democratas começam a calcular quais os ganhos que o partido terá nas duas casas do Congresso. Assumir controle completo do Legislativo daria a Obama o poder para colocar em prática sua plataforma, que prevê a criação de um sistema nacional de saúde, o corte de impostos para famílias que têm renda inferior a 200 mil dólares por ano e um projeto para a produção de energias alternativas.

Barack Obama pôde se dar ao luxo de abandonar a campanha por 36 horas e viajar para o Havaí, para visitar a avó que está internada. O tempo -- e o dinheiro -- dos republicanos está acabando.

Fonte: Carta Capital

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