sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O teste da boa notícia

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Por Ednardo (postado no Blog do Luis Nassif)

Pelo que já vi, deveria haver um "teste" para uma boa cobertura jornalística. Lanço algumas perguntas e gostaria que os colegas comentassem e acrescentassem. queria fazer um "manual".

- As diferentes partes foram ouvidas? O tempo que tiveram foi o mesmo?

- Foram apresentadas as diferentes versões?

- Foram chamados comentaristas? O que eles sabem sobre o assunto? Diferentes linhas de pensamento foram ouvidas? Estas linhas são majoritárias ou minoritárias?

cito ainda as seguintes falácias:

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Ad Hominem: Insultar o oponente como arma para desacreditar e enfraquecer a argumentação dele.
Ex: Foi só ler um blog e passei a acreditar em tudo que lia.
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Clamando pela questão: Um argumento recursivo onde a própria conclusão é utilizada na premissa.
Ex: Não temos preconceito contra blogs. Só achamos que há muito lixo na blogosfera.
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Tu Quoque: Utiliza-se dos erros de seu oponente para desconsiderar o argumento apresentado.
Ex: Você não pode me acusar de que escrevo em miguxês. Aliás, você escreve o português correto 100% do tempo?
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Apelo à ignorância: Como não foi provado que é falso, então é verdadeiro ou vice-versa.
Ex: os cientistas não conseguiram demonstrar que o aquecimento global é consequência da ação humana. Portanto, não somos responsáveis por isso.
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Apelo à autoridade: Declaração de uma autoridade fora de sua área de especialidade.
Ex: Albert Einstein disse que mostrar a língua faz bem à saúde.
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Apelo à tradição: Sempre foi feito assim, então deve estar certo.
Ex: Os blogs nasceram como diários de adolescentes. Por que confiar neles?
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Apelo ao público: Há muitas pessoas concordando com uma afirmação, então ela está certa.
Ex: Há muito lixo na Internet.
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Espantalho: Refraseamento da idéia original, mas de um modo mais fraco e mais suscetível a críticas.
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Non Sequitur: As premissas são plausíveis, mas não tem qualquer relação com a conclusão.
Ex: Protegendo os macacos, estaremos protegendo a nós mesmos. Assim ajudamos a proteger a natureza.

Analogia Imprópria: Uma analogia forçada para impor um ponto de vista.

Ex: Os blogs são como um jardim: precisam ser plantadas, regadas e cuidadas diariamente. (Mas se utilizam de adubo e esterco para o desenvolvimento das plantas…)

• Falso Dilema: o argumentador propõe um número limitado de alternativas, normalmente menor que as possíveis, com tendência a corroborar com seu ponto de vista.

Ex: Ou os blogs crescem e se profissionalizam ou se tornam um lixo.

• Apelo ao ridículo: uso de humor para diminuir a argumentação do oponente.

Ex: Foi boa a iniciativa de acalmar os macacos mais raivosos. Mas existem os bonobos que são mais gentis, mais amorosos…


Fonte: blog do Luis Nassif

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