por Luiz Carlos Azenha
A reportagem de capa da revista CartaCapital que chega às bancas nesta sexta-feira diz que não há nenhuma garantia de que o pacote de 700 bilhões de dólares do governo dos Estados Unidos será mesmo capaz de contornar a crise.
"A heróica cavalaria americana ainda não deu mostras de salvar o planeta, nem mesmo Wall Street, de um desastre", diz o texto de Márcia Pinheiro, que assina a reportagem de capa, sobre os agora socialistas Estados Unidos.
Ela nota que, ao discursar pela televisão para pedir apoio ao plano, o presidente George W. Bush não esboçou "nem de longe um mea culpa, como se o atual momento tivesse surgido de uma geração espontânea".
É certo que o pacote servirá para tranqüilizar os mercados, mas não se sabe ainda quanto o governo pagará pelos papéis podres estocados feito lixo tóxico nos escaninhos das instituições financeiras.
É provável que o pacotaço, uma vez aprovado, evite novas falências, mas qual será o futuro dos indicadores econômicos? Das taxas de inflação, câmbio e desemprego? Qual será o comportamento dos consumidores? Como se vê, o campo permanecerá aberto para as incertezas, o que os mercados costumam abominar.
CartaCapital também fala sobre a tentativa do republicano John McCain de retomar a iniciativa política contra o democrata Barack Obama, que é visto pela maioria dos eleitores como o mais preparado para lidar com os problemas econômicos.
Depois de ter cometido uma tremenda gafe, ao dizer que os fundamentos da economia americana estavam "sólidos", McCain passou a atacar os "gatos gordos" de Wall Street.
Fonte: Carta Capital
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