terça-feira, 30 de setembro de 2008

Convite ao debate e notas sobre a crise

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por Idelber Avelar

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O Biscoito gostaria de convidá-lo para acompanhar ao vivo, na quinta-feira, às 22 h de Brasília, aquele que promete ser um dos eventos políticos mais inesquecíveis do nosso tempo, o debate entre os candidatos a vice-presidente dos EUA, o Senador língua-solta Joe já-não-dá-para-comprar-chiclete-em-Delaware-sem-ouvir-sotaque-indiano Biden e a Governadora criacionista-fundamentalista Sarah sei-de-política-externa-porque-vejo-a-Rússia-da-minha-janela Palin. Você, claro, está intimada a aparecer. Pedrão estará ao vivo ao leme do blog dele, com certeza. Se aparecer uma boa turma, dá para ter uma caixa de comentários tão divertida como as do Impedimento em dia de cobertura em tempo real. O debate será memorável, não tenho dúvidas.

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Enquanto no Brasil Lula chega a níveis soviéticos de aprovação (com a diferença, claro, de que os números de Lula são reais), aqui na República dos Estados Unidos Soviéticos da América, como sabem, foi dia de colapso total. Mais um banco dobrou: o Wachovia, outrora valente instituição que havia sido meu primeiro banco nos EUA. Ali guardei meu primeiro chequinho de 300 mangos. Sobraram Citigroup, Bank of America e JP Morgan Chase. São os States, no rumo inexorável do socialismo leninista.

Ante o fracasso do pacotão, John McCain disse que não era hora de procurar culpas, duas horas depois de pôr a culpa em Obama, que é membro do partido que votou em peso pelo socorro, enquanto o partido de McCain votou massivamente contra ele – apenas 90 minutos depois de McCain se declarar responsável pelo “sucesso” da votação que ocorreria. É o samba do branquelo doido, a campanha de McCain.

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Obama diz que se Bin Laden pintar na parada no Paquistão, ele manda bomba mesmo. McCain ironiza isso como ingenuidade. Sarah Palin diz a mesma coisa que Obama (claro que sem frases completas). McCain e Palin aparecem juntos para tentar consertar. É hilário:

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Que me desculpem os amigos d'álem-mar, mas é impressionante a ignorância da esmagadora maioria da blogosfera portuguesa ao falar de política externa. É o único lugar do universo onde se toma como autoridade em EUA o aprendiz de pitbull da Veja, que não saberia diferenciar Montana e New Hampshire num mapa. Disseram que McCain esteve “mais à vontade” no debate. Então tá, como dizem os mineiros. Um sujeito que não conseguia olhar para o outro estava mais “à vontade”? No Brasil, o único que deu vitória para McCain no debate foi um português. Alô, amigos, querem trocar um jornalista por um técnico de futebol?

Fonte: O Biscoito Fino e a Massa

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