Viatura da CET estacionada na ciclovia e
sobre a grama - tudo pela “fluidez”
Foto: Pedalante

Menos carros nas ruas? Desincentivar o uso do automóvel e priorizar a circulação dos coletivos, para que as pessoas troquem o carro pelo ônibus? Sinalizar as vias para incentivar o uso da bicicleta?

Não, nada disso… A mais recente aposta da CET para diminuir o trânsito é colocar a bomba na mão dos agentes, os chamados “marronzinhos”. Segundo matéria de hoje no jornal Destak, se os agentes conseguirem fazer o índice de congestionamento cair, ganharão um prêmio em dinheiro.

Essa política parece ter sido construída com base na premissa de que os agentes fazem “corpo mole” e que se trabalharem direito o trânsito pode cair em até 15%. Não acredito que seja esse o caso. E acredito que, apesar da competência dos agentes e de saber que eles trabalham visando principalmente a fluidez (às vezes, custe o que custar - já vi um agente da CET carregando nos braços um mendigo que resolveu deitar no meio da Av. Santo Amaro), não depende exclusivamente do trabalho deles diminuir o trânsito na cidade.

O pior dessa história é que alguns agentes podem começar a fazer vista grossa para situações de risco para fazer o tráfego fluir - o que, por sinal, condiz com o raciocínio do presidente da companhia. Ou fazer ônibus esperarem em uma enorme fila para os carros passarem, como já aconteceu na Av. Rebouças.

É esperar demais de quem já faz o que pode, a solução não é por aí. Quando é que vão acordar para a inviabilidade de se manter a prioridade do uso do carro nessa cidade?

Boa sorte aos agentes na missão impossível e espero que sejam conscientes e éticos ao tentar atingir sua meta.

Fonte: Vá de Bike

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