terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Bolso da Toga.

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por Wálter Fanganiello Maierovitch

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), quer aumentar os vencimentos dos 11 ministros, incluído o dele.

Cada ministro do STF recebe R$24.500,00 mensais, mais apartamento funcional, carro com motorista e passagem para os seus estados.

Gilmar quer que os ministros passem a vencer R$25.725,00. Para ele e à luz dos R415,00 do salário mínimo pago ao trabalhador comum, a remuneração de um ministro do STF pode parecer excessiva. Evidentemente, essa afirmação representa um escárnio.

Ao sustentar tratar-se de uma remuneração “longe de ser excessiva”, talvez o ministro Gilmar cometa o erro de querer se equiparar com os salários da iniciativa privada, cujos trabalhadores não têm a garantia de emprego vitalício como o ministro Gilmar e nem de aposentadoria integral, como ocorre com a maioria dos ministros do STF.

Sobre a responsabilidade do cargo, a justificar estipêndios generosos, chego a pensar quanto deveria ganhar um segurança de usina nuclear ou um policial designado para reprimir o crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro e resgatar a cidadania e a dignidade dos moradores.

Quando presidente do STF, a ministra Ellen Gracie quis pagar “geton” aos integrantes do Conselho Nacional de Justiça, que ela mesma presidia. A repercussão foi tão negativa, que Gracie recuou.

PANO RÁPIDO. Viva o Brasil, que promove a igualdade e sabe, como nenhum outro país, promover a distribuição de renda. Cá entre nós, o ministro Gilmar merece muito mais do que um mísero aumento de R$1.225,00. Será que o Daniel Dantas também acha ?

Fonte: Blog do Wálter Fanganiello Maierovitch

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