por Augusto da Fonseca, no Festival de Besteiras da Imprensa
Com esse título, dona Míriam Leitão, publica post onde tenta ser porta-voz da seguinte idéia-força: as economias menos maduras têm um Estado com forte presença na economia; as economias maduras, como EUA e Inglaterra (que na verdade estão mais para podres do que maduras), têm um Estado que intervem e sai fora, nesse período de crise, deixando o mercado atuar livremente.
Conclui com essa pérola do rico besteirol Miriano:
A diferença é que, nos Estados Unidos, o custo político de manter o Estado controlando empresas será tão alto que todos sabem que é um período transitório.
Mas em países como o Brasil, o que se vive é um retrocesso mesmo no aumento da presença do Estado na economia, e também na mistura de interesses partidários com as empresas estatais.
Primeiramente:
Nos EUA e na Inglaterra, ao contrário do que se pensa, o Estado tem uma presença determinante na economia, com subsídios cruzados e taxações de importações visando proteger suas empresas e garantir a competitividade dos produtos de lá. Se o Estado, nos EUA e na Inglaterra, não tivesse uma presença tão forte, o Brasil exportaria de tudo para lá e a indústria automobilística norte-americana já teria falido há muito mais tempo.
Segundamente:
Onde houve aumento da presença do Estado na economia brasileira?
Dou cem reais para a dona Míriam, para cada exemplo que concreto e inquestionável que ela me apresentar.
Onde tem mistura de interesses partidários com as empresas estatais?
Mesmo durante o período FHC, onde predominava a presença de tucanos e pefelistas nas direções de todas as empresas estatais, não dá para dizer que isso é misturar interesses mas apenas atuar, legitimamente, colocando pessoas ligadas ao presidente Fernando Henrique, nos cargos de confiança da Presidência da República.
O que a dona Míriam tem o direito de comentar é se as direções são competentes ou não. Por exemplo, o José Gabrielli é competente ou não? A Petrobras vem se desenvolvendo à altura do que espera o Presidente da República e os acionistas ou não?
A Caixa Econômica Federal, sob a direção de Maria Fernanda, está sendo eficaz ou não?
A dona Míriam foge dessa discussão porque a resposta é que são competentes e que empresas estatais podem ser tão ou mais competentes do que empresas privadas.
Assim como grandes empresas privadas privadas podem ser um desastre bem maior do que a maioria das empresas estatais. Principalmente as empresas privadas dos EUA.

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