por Luiz Carlos Azenha
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Difícil dizer que a crise econômica mundial provocou apenas "marolinha" na economia brasileira. A previsão inicial do governo brasileiro, afinal, era de 4% de crescimento para 2009. Vai crescer 2%? Há quem diga que por aí, talvez pouco mais, talvez pouco menos.
É claro que, comparativamente a outros países, a economia brasileira segurou a onda. Não há qualquer dúvida que a mídia corporativa brasileira torceu desesperadamente pela crise -- qualquer crise -- por motivos que respondem pelas iniciais José Serra. Sinceramente, acho meio precipitado considerar a economia real recuperada a partir do resultado das bolsas de Valores.
De qualquer forma, o Rodrigo Vianna pergunta:
Lula tinha razão quando falou em marolinha?
por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador
A Bolsa de Valores de São Paulo, hoje, deu um salto impressionante: alta de 6,5 %. Há várias explicações pra isso: a principal parece ser que a China voltou a comprar em peso "commodities" do Brasil. Isso anima a economia real brasileira, com reflexos nos papéis das empresas.
Outro dado importante: o saldo da balança comercial chegou a quase 4 bilhões de dólares em abril. Isso quer dizer que, no mês passado, o Brasil exportou muito mais do que importou, afastando o risco de uma crise em nossas contas externas. Até porque abril foi o terceiro mês seguido de saldo positivo.
É por isso que o Augusto da Fonseca escreveu, hoje, em seu (ótimo) blog FBI http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com/:
"Pessoal, não sei não mas parece que a MAROLINHA do Lula se consolida a cada dia que passa...
Isso contra todas as previsões pessimistas - e sem fundamentação em muitos casos - de praticamente toda a imprensa brasileira.
Exceção para a blogosfera independente que nunca se deixou levar pelo tsunami do Globo, da Folha, do Estadão, entre outros."
É por isso, também, que o "Jornal da Record" nesta segunda-feira trouxe uma reportagem mostrando os últimos números positivos no Brasil, e os comentários de economistas importantes.
A reportagem termina com uma fala de Paulo Yokota, que diz tudo sobre o pânico criado nos últimos meses por muitos "colunistas" de economia: "é, o bicho não era tão feio como parecia".
É evidente que a crise está longe de ter um desfecho. Economistas respeitáveis lembram que, depois do "crash" de 29, por exemplo, houve momentos de recuperação, e novas quedas, até que se chegasse ao fundo do poço em 1933.
Mas é evidente que , no Brasil, houve (e há) uma torcida da "grande imprensa" para ler só os dados negativos.
Essa foi uma crise gestada no centro do capitalismo. Tem reflexos óbvios no mundo inteiro. Mas é pouco honesto desconhecer que na última crisse global (em 1929) o Brasil saiu maior do que entrou.Temos a mesma chance agora.
Temos uma economia pouco dependente (na comparação com outros emergentes) das exportações. Temos um mercado interno saudável (em boa parte, criado durante o governo Lula; o que os apedeutas dpo jornalismo chamavam de "esmolas" foi a ferramenta para criar um mercado de consumidores que hoje pode ajudar o Brasil a enfrentar a crise.
Clique aqui ir ao blog do Rodrigo Vianna

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