sexta-feira, 15 de maio de 2009

É hora de investir em vez de cortar, diz Ipea

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De acordo com estudo divulgado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), o governo poderia zerar o superávit primário (economia para pagar juros) ainda este ano sem prejuízo para o equilíbrio das contas públicas, desde que todos os recursos fossem canalizados para o investimento público.

"Não sei se há condições políticas para isso, mas procurei mostrar que, dependendo do tipo de problema que queremos enfrentar, o superávit primário será mais ou menos relevante", observa o autor da pesquisa, Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Projeções do Ipea. De acordo com o economista, atualmente a relação dívida/PIB está em torno de 37,6%. E, se a meta do superávit primário do governo for reduzida a zero, o máximo que esta relação crescerá será de 1,7 ponto percentual ao final de 2009.

Segundo Messenberg, a redução da dívida pública depende da "poupança pública em conta corrente" — valor resultante da soma da arrecadação de impostos com investimentos, deduzidas as despesas de custeio. Mesmo com o aumento dos gastos correntes, não haveria impacto na dívida pública se houver redução proporcional nas despesas com juros.

"Quanto maior a poupança pública, menor será a dívida ao longo do tempo. Mesmo sem mexer na meta de superávit primário, não há problema em baixar superávit primário para 2% do PIB, pois esse patamar estabiliza a relação dívida/PIB este ano, mesmo que nada seja direcionado para o investimento. No entanto, isso é a mesma coisa que zerar o superávit e aumentar o investimento na mesma proporção", ratificou o coordenador do Grupo de Análises e Projeções do Ipea.

Fonte: Portal Vermelho, com agências

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