segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ácido sulfúrico no rio dos outros é refresco

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por Leonardo Sakamoto

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está estudando financiamento de um projeto da americana Bunge e da norueguesa Yara para a construção de uma fosfateira que vai trazer graves impactos a Anitápolis, paraíso das águas e da Mata Atlântica a uns 100 km aqui de Florianópolis. O lembrete é do jornalista Dauro Veras, grande repórter em Santa Catarina. Para saber mais sobre isso, clique aqui.

Em 1952, nascia o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. Trinta anos depois, foi acrescido o “Social” ao nome, no sentido de atrelar as políticas de desenvolviemento econômico às políticas sociais - sob o risco das primeiras perderem o sentido. Afinal é importante crescer, mas crescer para beneficiar quem?

Nos últimos tempos, a incapacidade do banco de prever que determinados empreendimentos financiados seriam causadores de graves e irreversíveis impactos sociais e ambientais tem gerado críticas severas à sua atuação. Do setor sucroalcooleiro, passando pela sojicultura, pela pecuária até a produção de energia elétrica, dinheiro público tem sido revertido em projetos e fazendas que nem sempre cumprem sua função social. Pelo contrário, colocam o homem e o meio ambiente na berlinda.

Nessa toada me pergunto: quanto tempo vai levar até deletarem a palavra “Social” do nome, tornando o banco mais fiel à sua natureza e às suas origens?

Fonte: Blog do Sakamoto

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