por Helena Sthephanowitz
Para os jornalistas e para aparecer na mídia,o ex-governador Geraldo Alckmin está defendendo as investigações do caso Alstom/PSDB. “Se for apurada alguma coisa, defendo punição exemplar”. O ex- governador Geraldo Alckmin, só está defendendo a investigação, por que sabe que nada vai acontecer.Jornais como a Folha, não tem dado atenção ao caso. Como bem lembrou o jornal Hora do Povo; “Assim que jornais internacionais noticiaram que a multinacional Alstom pagou propina para tucanos de São Paulo por conta de contratos assinados com o Metrô, o jornal “Folha de São Paulo” tratou logo de exumar investigações da Polícia Federal sobre uma quadrilha que extorquia estatais federais de energia elétrica para tentar tirar o foco das irregularidades cometidas no governo de São Paulo”.
Na última segunda-feira, por exemplo, o destaque foi dado para uma matéria requentada de que o nome do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), líder do partido no Senado, e o de Adhemar Palocci, diretor da Eletronorte e irmão do deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), apareciam numa lista apreendida pela PF em 2006 na casa do ex-assessor de Raupp, José Roberto Paquier, juntamente com uma cifra de R$ 2 milhões e o nome da Alstom.
A operação desencadeada na época pela PF, conhecida como Castores, visava desbaratar uma quadrilha que tentava extorquir estatais federais de energia elétrica. Em meio às apurações, a PF chegou a Paquier, que na época foi preso e demitido pelo senador. Segundo a PF, ele tentava intermediar o pagamento de uma dívida de R$ 300 milhões que a Eletronorte tinha com a Alstom.
Embora esta operação tenha sido amplamente noticiada na época, a “Folha” resolveu relembrar o caso, para colocar apenas no meio da matéria, que a Alstom está sendo investigada porque os promotores da França e da Suíça “citam que um dos casos suspeitos envolve o Metrô paulistano - a empresa teria pago US$ 6,8 milhões a políticos para ganhar uma licitação de US$ 45 milhões”.
Para Valdir Raupp , o envolvimento de seu nome em uma denúncia de propina paga pela Alstom, empresa com a qual jamais teve qualquer contato e da qual nunca recebeu qualquer doação de campanha, “está com cara de missa encomendada”. “Não há inquérito, não há processo e, que eu saiba, também não houve investigação”, declarou o senador. Raupp diz que há mais de dois anos, quando o único diretor da Eletronorte indicado por ele foi demitido, não tem nenhum indicado seu lá. “Só conheci o presidente da Eletronorte à época (Carlos Nascimento) depois que ele tomou posse” disse Valdir Raupp .
O JN da Globo, tão acostumado com suas manchetes espetaculares quando se trata de denunciar o governo federal, dessa vez, esqueceu do escandâlo tucanoAlstom. O assunto, até o momento, não mereceu nem mesmo um comentário por parte do senhor Ali Kamel.
Enquanto isso, as primeiras notícias começam a circular entre os jornalistas, dão conta de que o governo tucano de São Paulo está agindo para barrar mais uma CPI na Assembléia Legislativa do Estado.
Nos últimos anos, cerca de 70 pedidos de investigação foram engavetados pela pressão que os governadores exercem sobre os parlamentares da base aliada do PSDB.
Desta vez, o pedido de Serra é para não deixar ir longe as denúncias de corrupção envolvendo a multinacional Alstom e estatais do governo estadual. A bancada do PT na Assembléia, que propôs a comissão, já recolheu 23 assinaturas e precisaria de pelo menos outras nove, mas o governador José Serra (PSDB), assim como seus antecessores, trabalha para que nada saia do papel. De um lado a mídia abafa o caso, do outro, José Serra pede a sua bancada que barre qualquer coisa que envolva o nome dos tucanos
Segundo o líder da bancada, na assembléia legislativa de São Paulo os petistas estão encontrando dificuldade porque "há uma orientação do Palácio dos Bandeirantes para que não assinem requerimentos de CPI".
A intenção da bancada é avançar sobre a base governista para conseguir as assinaturas restantes. Eles apostam na adesão de integrantes dos partidos que sustentam o governo, divididos em uma rixa entre partidários de Serra e de Geraldo Alckmin.Vamos aguardar!
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