Folha e Estadão: só o golpismo os aproxima
por Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 1221
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
. Diz o Estadão na primeira página, deste domingo, dia 29: “De olho em 2010, PT esquece aliados”.
. Clique aqui para ler.
. Segue o Estadão na sua profunda análise: o PT recusou acordos com partidos aliados e é o recordista de candidaturas próprias nas capitais.
. Não atendeu nem mesmo os apelos do Presidente Lula – prossegue a profunda análise do Estadão.
. Diz a Folha (da Tarde *), na pág. A4: “alianças municipais ignoram disputa entre Lula e oposição – em 24 capitais há coligação entre partidos da base do governo federal e adversários”.
. Continua a Folha em sua profunda análise: “A tendência é que as convenções confirmem o embaralhamento entre governistas e oposição em pelo menos 80% dos maiores municípios”.
. Clique aqui para ler.
. Afinal, qual é o PiG que tem razão: o Estadão ou a Folha ?
. Os dois não podem estar certos.
. Ou o Governo faz ou não faz alianças.
. Num ponto, apenas, os dois concordam: o objetivo.
. Os dois têm o objetivo de desmoralizar o partido do Presidente e sua base política – ou porque fazem alianças (quando não deveriam), ou porque não fazem (quando deveriam).
. Na verdade, nenhum dos dois tem razão.
. Porque suas reportagens não se sustentam em fatos, mas em opinião.
. É mero palpite.
. É o “achismo”.
. Como também é “achismo” a manchete do Estadão de domingo: “Escalada (???) de preços traz de volta risco de indexação (???)”.
. Quem disse ?
. Onde ?
. O que está indexado ?
. O que, com certeza, está indexado é o Estadão: indexado, para sempre, ao golpismo (contra governos trabalhistas).
. (Acabei de chegar de Recife, onde fiz uma reportagem para o Programa “Domingo Espetacular” sobre um morador de rua que passou num concurso para escriturário do Banco do Brasil e quer ser empresário. Se você fosse o Bira, esse morador de rua, você compraria ações do Estadão ou de qualquer empresa de Ipojuca, um município perto de Recife, onde fica o porto de Suape e para onde vai a próxima fábrica da CSN ? Pergunte ao Bira se ele lê os editoriais do Estadão ... )
. Não leve o PiG a sério. Siga a “Lei Mário Soares”: clique aqui.
(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar, como fez a Folha, que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.
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Fonte: Conversa Afiada
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