quinta-feira, 19 de junho de 2008

Desconstruindo Alckmin

por Luis Nassif

A rigor há apenas uma incorreção na matéria do Estadão “SP perde R$ 2 bi na formação de professores”- sobre a pouca eficácia do programa Rede de Saber, implantado na gestão de Gabriel Chalita, governo Alckmin. É no subtítulo:”Governo admite que gasto com programa não melhorou o ensino”. “Admitir” pressupõe uma auto-crítica.

No caso, é um tiro de um governo – o de José Serra – contra outro governo adversário – Geraldo Alckmin – em um momento de decisão sobre o candidato a prefeito.

Não tira o mérito das críticas. Mas levei muito chumbo, naquele infausto ano de 2005, quando escrevia que Alckmin não era um grande gestor, nem médio, nem pequeno.

Compare essa matéria com as que saíam sobre o grande gerente naquele ano. Apenas comprova que notícias são seletivas. Há uma arma contra qualquer um, que é acionada de acordo com que a oportunidade pede.

Maria Rehder
(clique aqui)

Os R$ 2 bilhões investidos em formação continuada de professores pelo governo de São Paulo nos últimos cinco anos não melhoraram o desempenho dos alunos. A afirmação é da secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, que anunciou mudanças no programa. Segundo ela, o principal problema do Teia do Saber é a falta de foco. O projeto de formação dos docentes foi implantado na gestão do ex-secretário Gabriel Chalita (PSDB), em 2003.


“Não havia relação interativa entre esses programas e as necessidades da escola”, disse Maria Helena. Chalita fi procurado, mas informou não ter interesse em falar sobre o assunto. No ano passado, 40 mil professores - de um total de 230 mil docentes da rede - participaram dos cursos oferecidos por instituições de ensino contratadas pela secretaria por meio de pregão eletrônico. Esse recurso, de R$ 2 bilhões, é o equivalente, por exemplo, ao valor investido pelo governo federal no ensino básico de todo o País no ano passado por meio do Fundeb - o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.


“O que chama a atenção é que foi investido um recurso elevado, houve grande esforço da secretaria para capacitar, no entanto, como havia desarticulação dos programas que as universidades ofereciam com os resultados das avaliações das nossas escolas, essa capacitação não resultou em melhoria de desempenho. Não culpo as universidades, elas ofereciam aquilo que era pedido pela secretaria”, afirmou Maria Helena. Até o fim deste mês, a pasta vai publicar um edital abrindo a licitação já com as novas exigência
s.

Por José Augusto Zague


A secretária Estadual da Educação do estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro é responsavel por uma ds mais desastrosas intervenções que já se viu no ensino público brasileiro.

O novo projeto "pedagógico" paulista tem utilizado "CARTILHAS" que impedem o professor de ministrar as aulas por conta própria, ficando refem das mesmas, na medida em que os alunos são avaliados a partir do conteúdo imposto pela Secretária da Educação.

A bonificação em dinheiro oferecida pelo Estado aos professores com melhor desempenho, passa obrigatoriamente pela avaliação á partir dos resultados obtidos pelos alunos em conformidade com o que ditam as cartilhas.

As avaliações periódicas já passaram a refletir o conteúdo dessas cartilhas e os professores são monitorados por supervisores que verificam se estão cumprindo a grade imposta.

Por exemplo, não pode haver discordância se o alferes Tiradentes foi a forca barbado ou não, se a cartilha diz que foi barbado o profesor precisa convencer o aluno a responder na avaliação a questão tal qual o texto determina.

O professor nesse caso é um mero reprodutor de conteúdo e não pode pensar ou discordar do ponto de vista expresso nessas cartilhas sob pena de não alcançar a bonificação oferecida pelo Estado.

O pretexto para tal atitude é que os alunos possam assimilar um conteúdo minimo !

Acho isso abominável e espero que possa ser revertido, não se "conserta" a Educação comentendo erros ainda maiores que os do passado.


Fonte: Blog do Nassif
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