28.11.2007 |
Todo o dinheiro gasto pelo governo do presidente George Bush no Iraque numa guerra estúpida e recheada de mentiras (armas químicas e de destruição em massa que não existiam, mas petróleo sim) seria suficiente para que esse tipo de cena não acontecesse em lugar nenhum do mundo.
Quando João Paulo II, um produto do marketing do capitalismo, chegou a Havana e imaginava levantar os cubanos contra o governo de Fidel Castro ouviu do líder revolucionário que milhões de crianças estariam dormindo nas ruas do mundo, “nenhuma em Cuba”.
Aquela demagogia de descer do avião, beijar o chão e falar em liberdade não surtiu efeito. Cuba continua socialista.
O rei da Espanha, empregado de bancos e grandes empresas espanholas perguntou ao presidente Hugo Chávez, Venezuela, no encontro de países ibero-americanos “por que não te calas?” Chávez estava chamando José Maria Aznar agente da CIA (Agência Central de Inteligência) e ex-primeiro ministro da Espanha, de fascista. Aznar mandou soldados espanhóis para o Iraque e quando da crise argentina “exigiu” que o presidente do dia Duhalde, pagasse a dívida externa vencida.
Um morador de rua foi incendiado em São Paulo. A Polícia fala em um rival. Por que não um desses meninos de condomínios fechados que assaltam trabalhadoras (a quem chamam de vagabundas) para roubar e depois comprar drogas?
O Estado do Espírito Santo vive fora da lei vinte e quatro horas por dia. Desde o governador a imensa e esmagadora maioria dos responsáveis por manter a lei.
As autoridades do Pará querem saber agora se a menina de quinze anos jogada numa cela com vinte homens está grávida ou se contraiu o vírus HIV.
Em suas férias anuais Juan Carlo vai à Suíça e paga para caçar bisões em extinção. A carne, certamente, serve ao gáudio da corte espanhola, os ossos serão atirados à plebe.
O presidente Chávez foi eleito e reeleito, venceu todos os referendos a que se submeteu e conseguiu a proeza de conseguir colocar todos os venezuelanos em idade escolar na escola, dar saúde pública de boa qualidade e gasta mais de quarenta e seis por cento do orçamento do seu país em programas sociais.
Isso é intolerável para os norte-americanos e para figuras como Juan Carlo. “Negócios” devem ter primazia sobre as pessoas.
O que é uma criança negra, num país miserável da África, o Sudão, rastejando enquanto agoniza na esperança de encontrar alimento? Note-se, na foto, quão robusto é o abutre.
Não há diferença entre o bisão caçado por sua majestade e a criança, na concepção do mundo de pastas que governa o mundo de crianças.
Um senador como Artur Virgílio quer a todo custo que a CPMF, criada num governo tucano, Virgílio é tucano, seja extinta para prejudicar o governo Lula e reduzir a bolsa família. É que essa permite às pessoas em várias regiões do País comerem todos os dias. Não pode ser sonegada. Adib Jatene disse isso de dedo em riste ao todo poderoso presidente da FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo).
A conversa fiada e mentirosa de dar a vara para que as pessoas pesquem, ao invés de dar o peixe, quando privatizaram todos os lagos, rios e oceanos.
Virgílio fez o diabo quando da CPI do menor para não se ver envolvido em casos de exploração de menores. Em festinhas.
Importa a essa gente o lucro do BRADESCO. Por isso a reclamação que Stak só levou yuppies ao Senado.
“Quantos banguelas você quer?” Foi a resposta pergunta de Stak.
Chávez contraria os interesses do grande capital em seu país. Não permite a empresas espanholas ou norte-americanas explorarem e acumularem lucros fantásticos em cima do povo venezuelano. Tampouco permite às redes privadas de televisão mentirem como mente a GLOBO por aqui.
É claro que VEJA tem que tentar a todo custo enganar as pessoas dizendo que Guevara era sanguinário e medroso, pois é fundamental que a verdade esteja no lucro imoral do ITAÚ. Na farsa da indústria automobilística brasileira, toda ela subsidiada pelas benesses fiscais e tributárias.
Você paga para a FORD, a GM, a MERCEDES produzirem automóveis. Foi assim que ACM levou a FORD para a Bahia, quando Olívio Dutra se recusou a esse tipo de concessão. O povo paga, os coronéis lucram.
Elites são elites. Não têm pátria, só interesses e lucros. É assim aqui, em qualquer país do mundo. Nos guetos de New York grassa a fome, falta a saúde, explode a violência.
Iludem com a palavra progresso, vendem a fantasia da tecnologia (da qual detêm o controle e fazem o que bem entendem), fazem de conta que empregam você, quando na verdade acumulam em cima do seu trabalho.
Tem quem acredite.
É a cara do mundo.
Da globalização.
Bush, segundo ele próprio, ouviu a voz de Deus para invadir o Iraque.
Fico a pensar o dia que o diabo cismar de falar com ele.
> Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.
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2 comentários:
quase dois anos sem um comentário?
Que absurdo! Laerte vc é um canalha!
Laerte, demorou dois pra uma anta escrever esta asneira!!!!!!
Canalha é quem defende o indefensável!!! e se esconde no anonimato!!!
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