Um enigma “indecifrável”
Por que os veículos da grande imprensa dão tanto espaço para FHC, se até mesmo seus correligionários (os políticos do PSDB) escondem-no em época de eleição? Já perceberam isso?
Lula Miranda
Uma dúvida vem me incomodando nos último dias: por que os veículos da grande imprensa dão tanto espaço para FHC, se até mesmo seus correligionários (os políticos do PSDB) escondem-no em época de eleição? Já perceberam isso? Mas esse FHC tão exibido não é o mesmo que quase quebrou o país por mais de uma vez? Não é o mesmo que nos legou a tal “herança maldita”? Não é o mesmo que vive dizendo vitupérios/diatribes e “batatadas” em relação ao Brasil, aos brasileiros e ao presidente Lula? Com que autoridade!? Com que legitimidade!?
Não é esse o mesmo homem que agora recebe sua recompensa pelos prestimosos serviços prestados à “privataria” [by Elio Gaspari] e ao “Deus” mercado na forma de generosos “cachês” (cerca de US$60.000) em suas “concorridas” palestras? Quem quer ouvir o que esse homem tem a dizer!? Pelo visto, há quem queira. O que ele tem a ensinar nessas palestras: como arruinar um país em duas ou três lições? O que esse senhor tem a dizer/ensinar aos brasileiros? FHC deveria estar condenado ao degredo do esquecimento.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quanto a isso todos devem concordar, até o próprio, tem dado declarações não muito felizes ultimamente. Parece ter se tornado um ventríloquo de si mesmo, um ventríloquo que parece dar voz a um lado sombrio de sua personalidade, que desconhecíamos – que talvez até ele mesmo desconhecesse. Se não o “transponder”, o “superego” de FHC está desligado ou pifado.
Em recente entrevista à revista Piauí (não, prezado leitor, não leio essa revista, mas tive acesso à essa entrevista) esse mesmo homem que levou o país e os brasileiros a conhecer o fundo do poço, disse coisas inacreditáveis desse mesmo povo e de datas cívicas como, por exemplo, o 7 de Setembro. Coisas inacreditáveis. Ninguém, em são consciência, reconheceria aquelas frases como sendo de FHC. A menos que não estivesse em seu estado normal – e parecia, ou melhor, parece não estar mesmo.
Mino Carta, num post em seu blog, com data de 28/11, perguntava aos seus leitores quanto livros do “príncipe” já haviam lido. Recebeu como resposta, num impressionante recorde, mais de 500 comentários. Quase a unanimidade desses comentários desancando o sociólogo boquirroto que quase afundou o país. E a maioria, claro, não havia perdido seu tempo lendo sequer uma obra do “midiático” sociólogo. Lembram do “esqueçam o que escrevi” – ou algo nessa linha?
Agora, no deserto de idéias que foi o congresso dos tucanos, e fazendo o papel de lidimo representante de uma elite reacionária que beira o caricatural, uma vez que já não tem temas ou políticas públicas – sequer idéias – a propor ao país na perspectiva de um debate elevado junto à sociedade e ao governo, FHC resolveu ganhar o debate – que não houve – no grito. Essa estratégia é por demais conhecida de todos: quando não se dispõe de argumentos ou idéias, busca-se desqualificar o contendor. FHC partiu, sem medir palavras, para a baixaria mais rasteira. E o que é pior, criticou indiretamente a conhecida falta de domínio da norma culta do atual mandatário, mas foi traído pelas suas próprias limitações: FHC, como eu, como você, também não tem o domínio pleno da norma culta. A tal “norma” há muito é usada nesse país para calar os homens simples do povo.
Quantos leitores não se manifestam aqui nos comentários por vergonha, pudor ou medo de escrever “errado”. O conhecimento e a norma culta também são utilizados como instrumentos de poder e opressão. Para calar o homem do povo.
Mas... É sempre assim: o arrogante, o prepotente, o “sabichão” termina por tombar após tropeçar na sua própria fragilidade, a sua soberba desmedida.
Não duvido nada que já, já, FHC será convidado para mais uma entrevista de duas ou quatro páginas em algum “jornalão” ou revista da imprensa conservadora e golpista [by PHA]. Daqui a pouco o “príncipe” será convidado para mais uma sabatina naquela casa que serve a essa elite arrogante e reacionária: o jornal Folha de S.Paulo. Quer apostar?
Mas não se incomode, quando chegar a eleição para prefeito em 2008 e para presidente em 2010 os tucanos, juntamente com a grande mídia, despacharão o agora falastrão FHC de volta para as geleiras do ostracismo e do esquecimento. E que ele fique por lá!
[FHC é uma triste página virada da nossa história. Nem sei por que diabos perdi meu tempo e gastei espaço aqui na Agência falando desse sujeito. Talvez seja essa a sua intenção: fazer uma triste propaganda da sua miséria e decadência. Afinal, por que escondem tanto FHC nos períodos que antecedem as eleições]
Nenhum comentário:
Postar um comentário