Em causa própria: Telefonica dá brindes ao PROCON mas não consegue nem vender seus produtos | |
Eu pretendia agradecer a vocês pela audiência dos últimos dias. Este site bateu recorde de freqüência em fins-de-semana, presumo que devido à cobertura de áudio, vídeo e texto que fiz de Caracas, praticamente "ao vivo", sobre o referendo que garantiria diversão para o planeta até 2050. É bom saber que quem acompanhou o assunto através do site soube com algumas horas de antecedência do resultado e deu boas risadas com as barrigas do Estadão e da TV Globo. Furar a mídia brasileira nâo me orgulha, pelo contrário, apenas deixa claro o estado adiantado de decomposição do jornalismo brasileiro. É indesculpável que um resultado anunciado oficialmente às 3h25 da manhã, horário de Brasília, tenha escapado dos telejornais que acordam o país para "bem informá-lo". Mas o assunto que me leva a pedir socorro é outro, embora também se relacione à decomposição, neste caso a dos serviços prestados no Brasil. Por algum acordo fechado entre o condomínio onde moro e a NET, houve a "descentralização" ou algum outro nome chique que inventaram. Hoje um rapaz muito simpático se apresentou em meu apartamento para retirar as caixas da TV à cabo. Tê-las ou não em casa não faz diferença, dado que não assisto TV. Porém, à minha revelia, o serviço da VIRTUA foi derrubado. Fiz algumas ligações para a empresa, a pedido do técnico, que disse não poder ajudar por ser "terceirizado". Sabe aqueles números de ocorrência que a gente fica com preguiça de anotar? Eu acho que gerei meia dúzia deles. À certa altura, o atendente da área técnica jogou a culpa no pessoal da cobrança, como se o problema fosse meu. Eu disse a ele: "Desculpe se estou causando algum problema interno. Não tenho como ajudá-lo. Eu acho que você se esqueceu de que o prestador de serviços aqui não sou eu." Confesso que ri, para não chorar. E fiquei pensando, com os meus botôes: "Se esse é o serviço que uma empresa privada brasileira presta aos seus clientes mais rentáveis, ou seja, um comprador de internet rápida que paga uma fortuna mensalmente, como será o serviço público?" Tem jeito de estatizar a NET? Tendo desistido daquele jogo-de-empurra sem fim, fui procurar a concorrente da NET. Achei que aqui funcionava que nem nos Estados Unidos, onde as empresas competem pelos consumidores. Vocês já tentaram comprar alguma coisa da Telefonica? A moça que me atendeu queria me vender um monte de coisas, sem entender o que eu queria: pagar caro por uma conexão rápida de internet. Pagar QUALQUER VALOR mensal pela conexão. Parece simples, não é? Depois de uns quinze minutos de conversa notei que seria impossível. Acho que a moça do outro lado tinha uma lista de serviços que deveria obrigatoriamente me oferecer. Só faltou oferecer massagem, manicure e troca de óleo para o automóvel que eu não tenho. Resumo da ópera: sou um sem internet. Será que dá para estatizar a Telefonica? A ajuda que peço a vocês é a seguinte: alguém aí conhece alguma empresa que forneça serviço de internet rápida depois de uma ligação telefônica normal? Se for preciso, pago um ano da conta adiantado. Não quero desconto, nem promoção, nem o chaveirinho. Quero um serviço simples: internet rápida no bairro do Higienópolis, em SP. Alguém conhece algum serviço sem fio QUE FUNCIONE? Alguma conexão que eu possa fazer de casa através da Argentina, do Paraguai, dos Estados Unidos? Posso pagar em real, em dólares ou com os bolívares que sobraram da Venezuela. Enquanto isso, o site vão cambalear mais do que o normal, uma vez que não tenho como atualizá-lo a não ser "roubando" sinal sem fio em algum aeroporto. Publicado em 05 de dezembro de 2007 Voltei de uma lanhouse. Publicado em 06 de dezembro de 2007 O Márcio Pinho escreveu, na Folha de S. Paulo: "A Telefônica, empresa líder no ranking de reclamações do Procon, principal órgão de defesa do consumidor, patrocinou ontem um encontro de "intercâmbio" com mais de cem funcionários da entidade, em São Paulo, com direito a almoço, vinho e distribuição de presentes (aparelhos de DVD, telefones sem fio, pendrives, relógios de mesa etc.). O objetivo do evento, segundo a Telefônica, era o intercâmbio de informações para a melhora do atendimento. Na cidade de São Paulo, de acordo com o último levantamento disponível (2006), a empresa liderou o ranking do Procon com 11% das queixas (2.262), seguida da Vivo (1.076) e da Embratel (916). [...] Antes do almoço, ocorreram palestras nas quais diretores disseram como a Telefônica pretende melhorar o atendimento e deixar o posto de primeira do ranking. "Se a empresa não focar mais no consumidor, poderemos ter o mesmo caminho do Corinthians, perdendo clientes para as outras empresas", afirmou um deles. Após as discussões, foi servido o almoço (pratos como medalhão de lagarto ao molho madeira) e a sobremesa --um sorteio de presentes para os funcionários do Procon." Meu comentário: Teria a Telefonica feito o que ativistas acusam o Wal Mart de fazer nos Estados Unidos? Lá, a maior empresa do mundo estaria pagando salários baixos aos empregados para mantê-los na linha da pobreza, com isso permitindo acesso a programas sociais do governo. Ou seja, o Wal Mart teria terceirizado os benefícios para o Tesouro público. Teria a Telefonica terceirizado o seu balcão de atendimentos ao PROCON, com isso se livrando das despesas com a contratação de funcionários para atender ao público? Publicado em 07 de dezembro de 2007 |
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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