sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

História trágica: Ouça como foi pedida, na Casa Branca, a cabeça de um presidente brasileiro - por Luiz Carlos Azenha - fonte: http://viomundo.globo.

História trágica: Ouça como foi pedida, na Casa Branca, a cabeça de um presidente brasileiro





Uma conversa telefônica entre o então presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, e um de seus assessores, George Bell, subsecretário de Estado, em março de 1964, deveria fazer parte do currículo de História do Brasil.

Agora, que a internet facilita a transmissão e a consulta a dados em áudio e vídeo, a conversa poderia ser usada tanto para ensinar inglês quanto para ensinar História e Geografia.

Os dois discutiam medidas políticas e militares para garantir o sucesso da "Revolução Redentora". Graças ao fato de que os americanos prezam a preservação de sua própria História, a gravação da conversa hoje pode ser ouvida por qualquer um.

Um dos momentos mais bizarros dela se dá quando Johnson, que não parece aceitar um resultado que não seja a derrubada do governo brasileiro, pergunta ao assessor quantos são os estados no Brasil. O assessor consulta o assessor do assessor e responde 19, depois muda para 21, depois diz que não importa, os estados mais importantes estavam com eles (Guanabara de Carlos Lacerda, São Paulo de Adhemar de Barros e Minas Gerais de Magalhães Pinto, o homem do guarda-chuva do Banco Nacional, um dos primeiros patrocinadores do Jornal Nacional).

Os assessores de Johnson acreditavam que o Brasil estava a caminho de se tornar um país comunista em pleno quintal americano. Um novo Vietnã? Outra Cuba? O que ninguém te conta é que Johnson concorreria à reeleição naquele ano, tinha herdado o poder depois do assassinato de John Kennedy e a Guerra Fria corria solta. Johnson queria se eleger presidente, como qualquer outro político faria. Qual era o maior risco para ele - e continua sendo para qualquer presidente americano? Ser taxado de fracote, de molenga com o "inimigo", seja ele Fidel Castro, bin Laden, Hugo Chávez ou o Zebedeu.

Johnson deu gás à guerra do Vietnã, o que em 1968 custaria a ele a carreira política. Mas, quando recebeu a chamada, estava de olho em seus financiadores de campanha e queria evitar a qualquer custo a acusação de "perder" o Brasil para o bloco soviético. Johnson, é óbvio, conhecia o Brasil de "ouvir dizer". O negócio dele era a reeleição.

A TV Viomundo, sempre preocupada com a sua informação e diversão, proporciona a você este momento histórico, em que um caipira do interior americano decide o destino de milhões de brasileiros.

JOHNSON PEDE A CABEÇA DE JOÃO GOULART

Publicado em 13 de dezembro de 2007

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