História trágica: Ouça como foi pedida, na Casa Branca, a cabeça de um presidente brasileiro | |
Uma conversa telefônica entre o então presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, e um de seus assessores, George Bell, subsecretário de Estado, em março de 1964, deveria fazer parte do currículo de História do Brasil. Agora, que a internet facilita a transmissão e a consulta a dados em áudio e vídeo, a conversa poderia ser usada tanto para ensinar inglês quanto para ensinar História e Geografia. Os dois discutiam medidas políticas e militares para garantir o sucesso da "Revolução Redentora". Graças ao fato de que os americanos prezam a preservação de sua própria História, a gravação da conversa hoje pode ser ouvida por qualquer um. Um dos momentos mais bizarros dela se dá quando Johnson, que não parece aceitar um resultado que não seja a derrubada do governo brasileiro, pergunta ao assessor quantos são os estados no Brasil. O assessor consulta o assessor do assessor e responde 19, depois muda para 21, depois diz que não importa, os estados mais importantes estavam com eles (Guanabara de Carlos Lacerda, São Paulo de Adhemar de Barros e Minas Gerais de Magalhães Pinto, o homem do guarda-chuva do Banco Nacional, um dos primeiros patrocinadores do Jornal Nacional). Os assessores de Johnson acreditavam que o Brasil estava a caminho de se tornar um país comunista em pleno quintal americano. Um novo Vietnã? Outra Cuba? O que ninguém te conta é que Johnson concorreria à reeleição naquele ano, tinha herdado o poder depois do assassinato de John Kennedy e a Guerra Fria corria solta. Johnson queria se eleger presidente, como qualquer outro político faria. Qual era o maior risco para ele - e continua sendo para qualquer presidente americano? Ser taxado de fracote, de molenga com o "inimigo", seja ele Fidel Castro, bin Laden, Hugo Chávez ou o Zebedeu. Johnson deu gás à guerra do Vietnã, o que em 1968 custaria a ele a carreira política. Mas, quando recebeu a chamada, estava de olho em seus financiadores de campanha e queria evitar a qualquer custo a acusação de "perder" o Brasil para o bloco soviético. Johnson, é óbvio, conhecia o Brasil de "ouvir dizer". O negócio dele era a reeleição. A TV Viomundo, sempre preocupada com a sua informação e diversão, proporciona a você este momento histórico, em que um caipira do interior americano decide o destino de milhões de brasileiros. JOHNSON PEDE A CABEÇA DE JOÃO GOULART Publicado em 13 de dezembro de 2007 |
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Entre os dias 15 e 17 de maio, a Marcha realizou um seminário nacional, do qual participaram militantes de 19 estados (AM, AP, AL, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RS e SP), além de mulheres representantes de movimentos parceiros como ANA, ASA, AACC, CONTAG, MOC, MST, CUT, UNE e Movimento das Donas de Casa). Este seminário debateu e definiu as diretrizes da ação de 2010.
Os comitês estaduais da MMM saíram deste encontro com tarefas como arrecadação financeira, seminários e atividades preparatórias de formação e mobilização, na perspectiva de fortalecimento dos próprios comitês e das alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais. Neste momento, estão sendo realizadas plenárias estaduais para a formação das delegações e organização da atividade.
Para participar, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (no item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
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