terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ninguém mais leva grande imprensa a sério

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por Luiz Antônio Magalhães

Duas novas pesquisas revelam que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou 80%, batendo mais uma vez recordes históricos. Como a Folha Online deu a notícia? Assim: "Brasileiros estão mais preocupados com inflação e desemprego, revela pesquisa". E o Globo Online, agiu de que maneira? Desta: "Brasileiro espera piora na inflação, no emprego e na renda no próximo ano". E a manchete do Estadão.com.br sobre as pesquisas? Está na mão: "Cresce preocupação com desemprego e inflação".

Sim, Lula bateu mais um recorde, os anteriores já eram seus nos levantamentos dos institutos Sensus e Datafolha. No Ibope, que tem a série histórica mais antiga, José Sarney era até ontem o presidente mais popular desde a redemocratização – no auge do Cruzado, seu governo tinha 72% de aprovação. Pois o governo Lula destronou o de Sarney ao chegar a 73% de avaliação positiva. O Ibope não pesquisava, naquela época, a aprovação pessoal do presidente, então não há como comparar os 84% obtidos por Lula com os 72% do governo Sarney, mas é bastante provável que a avaliação do atual presidente seja melhor do que a de José Sarney em 19887. Governo contra governo, o placar é favorável a Lula, que tem muito mais carisma do que o hoje senador peemedebista.

Tudo isto posto, a verdade é que os resultados mostram a falência completa da mídia impressa brasileira, toda ela francamente oposicionista ao governo do PT, na cotidiana tentativa de sabotar o trabalho do presidente. No futuro, historiadores vão se divertir lendo os jornalões e comparando as versões do papel com a realidade dos fatos.

Não, o que sai nos jornais não são os fatos, mas uma ardilosa versão, sempre com objetivo, muitas vezes explícito, de detonar o presidente Lula. Ninguém aqui está dizendo que os jornais mentem, mas sim que procuram na realidade o que de pior houver contra o governo federal. Além das ridículas manchetes acima, "comemoradas" pela grande imprensa como "tábua de salvação" diante dos espetaculares números obtidos pelo presidente (no Nordeste a taxa de aprovação a Lula supera 90%, de acordo com o Ibope), muitas outras "jogadinhas" foram tentadas, todas sem sucesso.

Por exemplo, a tal "crise aérea", que simplesmente não existiu, o "perigo de um novo apagão" (não, Lula não é FHC nem Dilma tem cara de Pedro Parente), a "fraqueza financeira" da Petrobrás e tantas outras manipulações têm sido tentadas, todas sem sucesso. A rigor, a cada duas ou três semanas a grande imprensa joga uma casca de banana. Mas Lula jamais escorrega e cai, para desespero dos jovens prepostos dos donos dos jornalões, encarregados de bolar as "jogadinhas" contra o presidente.

Aos olhos do povão, este é um bom governo e Lula, um ótimo presidente. Se ele pudesse ser candidato de novo, seria reeleito mais uma vez e com grande facilidade. A imprensa nacional deveria se preocupar não com a performance de Lula nas pesquisas, mas com a sua própria performance. A julgar pela diferença entre a avaliação popular e a da imprensa sobre o governo, a população simplesmente não dá mais bola para o que sai nas manchetes. Está se formando e informando de outra maneira e faz uma leitura crítica do que lê, ouve e assiste. É o Diogo Mainardi ou Reinaldo Azevedo criticando Lula? Então nem precisa ir até o fim da leitura... Míriam Leitão, Sardemberg, Dora Kramer? Esquece, é a turma do "lado de lá". No fundo, o povão já aprendeu a fazer a pergunta mais básica de todas: a quem essa gente representa? Qual a motivação desse pessoal para escrever ou falar no rádio e na televisão? Não é muito difícil responder...

No fundo, a grande imprensa precisa mesmo torcer, e muito, para a oposição levar em 2010, porque mais 8 anos tentando vender manipulação barata nas bancas é uma terefa inglória. O restinho de credibilidade pode acabar se esvaindo pelo ralo...

fonte: Blog Entrelinhas

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