Do site do Estadão, sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal (o grifo é do Azenha):
Durante a operação desta terça, agentes da PF entraram na casa do desembargador Elpídio José Duque, no bairro de Santa Cecília, em Vitória. No local, a quantidade de dinheiro encontrada foi tão grande que os policiais federais precisaram pedir ao Banco do Brasil uma máquina para a contagem de cédulas. Os presos da operação desta quarta serão levados para Brasília, onde a investigação foi desenvolvida por causa do foro especial dos desembargadores.
Desde abril o STJ investiga o suposto envolvimento de desembargadores, um juiz, advogados e um servidora pública em crimes contra a administração pública e a administração da Justiça. Durante as investigações, surgiram evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba, o que teria facilitado as ações dos investigados, pois eles poderiam contar com a colaboração de parentes que trabalham no Judiciário do Espírito Santo. A investigação corre em segredo de Justiça desde abril deste ano. O delito apurado consiste, basicamente, no patrocínio e intermediação de interesses particulares no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES).
Segundo informações da assessoria do TJ, os policiais chegaram a bloquear o acesso das pessoas ao prédio do começo da operação, que foi liberado logo em seguida. Por volta das 10h15 os agentes permaneciam no Tribunal, segundo a assessoria.
Operação Titanic
A operação da PF, batizada de Naufrágio, é continuação da Operação Titanic, ocorrida no dia 7 de abril deste ano, também em Vitória. A Operação Titanic envolveu Ivo Júnior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol, e o ex-senador e atual suplente no Senado Mário Calixto Filho. Mário Calixto Filho chegou a ser preso, foi solto por liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mas teve novamente a prisão decretada quando os demais ministros do STF cassaram o habeas corpus de Mendes. Hoje ele é considerado foragido. (Leia sobre a Operação Titanic)
Na Operação Titanic foi desbaratado um esquema de importação ilegal de veículos promovido pela TAG, de propriedade de Pedro e Adriano Scopell, empresários capixabas que abriram a empresa em Rondônia para se beneficiarem de isenções fiscais. Na operação, também estavam envolvidos auditores da Receita Federal lotados no Espírito Santo.
Fonte: Vi o Mundo
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