A Carta Capital que chega às bancas, na seção Brasiliana, faz uma análise imperdível do comportamento do paladino da democracia brasileira, o loquaz Gilmar Mendes, e sua participação no programa Roda Morta da TV Cultura.
A certa altura, Carta pergunta “por que a extensa agenda em São Paulo, iniciada com uma homenagem na Fiesp, na sexta feira, 12, e concluída no Roda Viva, salpicada de visitas a empresas de comunicação?” Pena que Mendes carregue dentro de si um pequeno déspota.
A Carta se refere especialmente a dois cavalariços que socorreram Mendes. “Na vanguarda, um chapéu de onde, subitamente, começam a sair palavras. Eis a versão brasileira do ‘talentoso Ripley’, sempre insatisfeito com a sua inamovível condição de figurante, sempre tentando ser o que não é.”
Outro defensor de Mendes é dublê, o eterno assessor: “chegou a sugerir ao ministro o enquadramento de colegas de profissão, que não identificou, por formação de quadrilha. O dublê entende desses assuntos: mandar recados e formação de quadrilha”. O título do artigo é “O assessor e o coisseur”. Isso vale mais do que a 57ª entrevista que Mendes concedeu nesta semana, em que se considera responsável pelo esvaziamento da Polícia Federal e ataca os blogueiros.
Nesse mister, Mendes é mais do que um paladino: é o Grande Inquisidor, da ópera Don Carlo, de Verdi, em exibição no Scala de Milão, nesta temporada.
O Grande Inquisidor é quem sufoca Don Carlo, ensina ao rei o que fazer e devolve o Reino à profundeza da treva.
O Grande Inquisidor deve ser contra o e-mail. Veja a 57ª entrevista dele nesta semana.
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Fonte: Conversa Afiada::
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