quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Herança bushista

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por Georges Bourdoukan

A passagem de Bush pelo Iraque e Afeganistão mostrou bem a que veio a democracia USA-terrorista.

No Iraque, está deixando de herança pedofilia, estupros e torturas, além do assassinato de mais de um milhão e meio de civis inocentes.

Isto, para não mencionarmos a destruição e o saque de de mais de 50 mil sítios históricos.

Além do assalto a mão armada, e põe armada nisso, da riqueza petrolífera.

No Afeganistão, deixa para a posteridade o maior produtor de heroína do mundo, além, naturalmente, de verdadeiras escolas de tráfico, de estupros, assassinatos e pedofilia.

Tudo isso, naturalmente, com o beneplácito dos colaboracionistas que infestam a mídia e insistem em agredir a inteligência das pessoas.

Para essa canalha midiática, que há muito mandou às favas todos os escrúpulos de consciência, está tudo bem desde que garantam o seu prato de comida.

Mesmo que ele venha temperado com sangue de inocentes.

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US$ 10 milhões de dólares pelo sapato justiceiro

É isso mesmo. Um empresário da Arábia Saudita ofereceu US$ 10 milhões de dólares por um dos sapatos lançados em Bush.

A atitude do jornalista iraquiano Muntazar al Zaidi continua repercutindo em todo mundo.

Diversas emissoras de TV dos países árabes já ofereceram emprego ao jornalista. Mas dificilmente ele deixará a emissora onde trabalha já que ela não só repete sem interrupções o vídeo do Zaidi como está exigindo a sua soltura imediata.

Os diretores da emissora Al Baghdadiya entendem que ele foi preso por prática de jornalismo, o que demonstra que a censura no Iraque continua mais atuante do que nunca.

Na Síria, a rede de TV estatal exibia sem interrupções a imagem de Bush se esquivando da sapatada, conclamando seus cidadãos a elogiarem publicamente al Zaidi por seu "gesto de bravura".

Os telespectadores libaneses congestionaram com telefonemas e e-mails as estações de TV do país exigindo que elas repitam as imagens e o som, onde o jornalista grita, assim que Bush beijou o sátrapa governante iraquiano:

"É seu beijo de despedida, cachorro. Isso é pelas viúvas, órfãos e pelos que foram mortos no Iraque".

Muntazar Al Zaidi está hospitalizado porque ao ser detido, os agentes que acompanham Bush quebraram um de seus braços e algumas costelas.

Seu irmão Maizam al-Zaide afirmou que ele estaria com os olhos roxos e ferido na cabeça com a coronha de um rifle.

Médicos, enfermeiros e funcionários do hospital não param de cumprimentar o jovem jornalista de 28 anos pela sua atitude “corajosa e digna”.

Al Zaidi pode ser condenado a sete anos de prisão pelos sátrapas iraquianos, mas isso dificilmente acontecerá, já que o jornalista continua recebendo solidariedade de todo mundo.

Centenas de advogados, inclusive USAamericanos, já se prontificaram a defendê-lo gratuitamente.

Alpinistas franceses, italianos e alemães enviaram ao jornalista botas com cravos, na esperança de que ele fique novamente cara-a-cara com Bush.

Diversas escolas do Iraque decretaram feriado escolar ontem em homenagem a Muntazar Al Zaidi.

A atitude do jornalista Muntazar al Zaidi remete a duas reflexões:

1- Jornalismo é isso. É, também, a capacidade de se indignar. Quem se lembra dos colegas de profissão de John Reed, que participou da Revolução Soviética e escreveu a obra máxima Dez Dias que Abalaram o Mundo. John Reed continua mais vivo do que nunca.

2- O apoio e a solidariedade que o jornalista está recebendo de todos os cantos do planeta indicam que o mundo precisa mudar. Urgentemente!

Assine AQUI a petição solicitando a libertação do jornalista.

Fonte: Blog do Bourdoukan

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