por Luiz Antônio Magalhães
Depoimento frágil - Lina Vieira é massacrada no Senado
por Marco Bahé
Acompanhei, pela TV Senado, o depoimento da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Confesso que foi divertido. Mas teve seus altos e baixos. No final, a montanha pariu um rato. Lina Vieira deu um depoimento frágil, sem apresentar quaisquer provas materiais ou mesmo indicação de como obter provas do que fala. E como o ônus cabe a quem acusa…
Lina foi massacrada pela tropa de choque do governo, enquanto a outra tropa de choque (a da oposição) tentou arrancar dela o que ela não tinha. Lina não quis acusar Dilma Roussef de ter agido de má fé. Limitou-se a sustentar a versão de que foi convidada a uma reunião reservada na Casa Civil, na qual a ministra teria lhe pedido para “agilizar” as investigações contra “o filho de Sarney”.
Lina sustentou a existência da reunião, mas capitulou nos termos. Foi muito mais incisiva na entrevista que no depoimento. No final, começou a dizer que não queria emitir juízo de valor. Mas havia emitido na entrevista à Folha e precisaria ter mantido para sair do Senado de cabeça erguida.
A minha interpretação é que Lina Vieira foi ingênua. Ainda acredito na sua palavra, pois não consigo enxergar razão para que ela tenha mentido sobre isso. Mas foi ingênua ao imaginar que não seria tratorada como foi. Precisaria ter algum trunfo na manga para entrar numa briga de cachorro grande como essa.
E não há espaço para ingenuidade em Brasília.
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