segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O pré-sal e o esforço dos tucanos contra a Petrobras

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No momento em que o governo brasileiro anuncia as regras para a exploração da camada pré-sal, o PSDB negocia com empresa norte-americana para "assessorar" partido na CPI da Petrobras. Segundo o site de Paulo Henrique Amorim, empresa trabalha para concorrentes da Petrobras. Pela atual avaliação do pré-sal, o Brasil poderá atingir, em 2015, a produção média de aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia de petróleo.

O governo federal lança nesta segunda-feira as regras básicas para a exploração da camada Pré-sal, situada em uma faixa que vai do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros da costa brasileira.

Pela atual avaliação do Pré-sal, o Brasil poderá atingir, em 2015, a produção média de aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia de petróleo. Pelos dados atuais, considera-se que o maior potencial esteja na Bacia de Santos, no Litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A exploração fica a cerca de 250 quilômetros de distância da costa. No local, já foram perfurados 14 poços, que resultaram em 13 descobertas. O volume de apenas três das descobertas anunciadas, até o momento, é estimado entre 9,5 e 14 bilhões de barris. Esse volume já garante o dobro das atuais reservas.

Para chegar a tais descobertas foram desenvolvidas novas tecnologias, suficientes para atravessar a camada salina, que, em alguns trechos, chega a possuir em torno de dois mil metros de espessura. A profundidade da camada de sal varia de 800 a três mil metros abaixo do nível do mar, em “águas profundas e ultra-profundas”.

Estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicam a necessidade de investimentos de cerca de 80 milhões de dólares nos próximos dez anos. Como se trata de riqueza, haverá lucros, que serão, em parte, depositados em um fundo especial, destinado ao combate à pobreza e à educação. Em princípio, a Petrobras terá participação mínima de 30% dos custos e lucros que as empresas tiverem no negócio.

O anúncio das regras será feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Em seguida, os projetos apresentados serão encaminhados ao Congresso para que as mudanças sejam debatidas e transformadas em leis para regular a exploração e produção de gás e petróleo. Outras mudanças nas regras de exploração e produção na área do Pré-sal serão anunciadas pela presidência da República.

Uma das novidades será a criação de uma empresa pública, ainda sem nome definido. O novo modelo será em regime de partilha da produção e a empresa será responsável pela gestão dos contratos de partilha, de produção e de comercialização de petróleo e gás na área do Pré-sal. Pelo sistema, a União poderá contratar diretamente a Petrobras ou, por meio de licitação, empresas nacionais ou internacionais.

Empresa dos EUA vai trabalhar para tucanos na CPI da Petrobras

O site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicou e-mail de uma fonte ligada à indústria do petróleo falando sobre a iniciativa de tucanos de contratar uma empresa norte-americana para assessorar o PSDB na CPI da Petrobrás. O e-mail afirma:

“O senador Álvaro Dias declarou que o partido está em negociação com uma empresa de Houston, nos Estados Unidos, para auxiliar seu trabalho na CPI da Petrobras. E diz mais: “Foi a única empresa até agora que topou nos ajudar porque não é daqui e deve trabalhar para as concorrentes da Petrobrás. Na próxima semana devemos ter muito mais munição”.

As motivações do PSDB aos poucos vão ficando claras, comenta Paulo Henrique Amorim:

“Para atacar um patrimônio nacional busca apoio em uma concorrente nos Estados Unidos, país que tem enorme interesse no enfraquecimento da Petrobras, já que pretende que suas empresas de petróleo ganhem importante fatia do pré-sal. Para isso contam com um senador tucano, que se dispõe a fazer o jogo do capital internacional contra a empresa brasileira”.

E acrescenta:

“Depois de tentar mudar o nome da empresa para PETROBRAX, agora os tucanos se dispõem a prestar relevantes serviços aos concorrentes de nossa maior empresa. Mas, sobre isso, a imprensa não fala uma linha. Álvaro Dias deverá se encontrar com representantes de uma empresa de Houston na próxima semana para fechar contrato de investigação sobre a Petrobras. Dias deixou subentendido que a investigação que ficará a cargo da tal empresa pode ultrapassar a análise dos documentos enviados à CPI. O senador falou sobre essa questão com jornalistas do Globo, Estadão e Folha. Mas não deu detalhes. Outro senador que estaria envolvido nos contatos com a empresa é Sérgio Guerra, mas ele se nega a falar sobre o assunto.”

Fonte: Carta Maior

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