segunda-feira, 23 de março de 2009

A lei da mordaça na Educação

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Por Luiz Eduardo Brandão

O Caderno 2 do Estadão traz hoje matérias muito boas de seus críticos de cinema, a partir das sessões especiais do filme francês “Entre os muros da escola”, Palma de Ouro em Cannes. As sessões foram para professores da rede pública de São Paulo. Merten, na matéria de capa, colhe dois breves depoimentos de professores de uma escola pública noturna, cujo nome não é citado (clique aqui para ler a matéria)

Uma das professoras dessa escola fala da “lei da mordaça” que aí impera.

Diz a profª de português Beatriz Andrade Silva:

“”Sou professora há muitos anos, de uma escola que tem sido muito assediada pela imprensa, porque cumprimos as metas do ensino propostas pelo governo. Mas estamos proibidos de nos manifestar criticamente. A lei da mordaça é uma arma da administração para inibir críticas.”

Na apresentação da matéria, Merten faz um resumo do que ouviu dos professores, no debate que se seguiu ao filme. Além da mordaça tucana, o enfoque dados pelos governos tucanos e aliados à educação sai bastante mal na avaliação dos mestres paulistanos:

“A escola pública em São Paulo virou uma fonte de estatísticas. Cumpre metas que os governos estadual e municipal tratam de exibir. Mas o estudante não pode ser um número. Ele é um indivíduo, tem uma identidade. Na escola pública, seus problemas de rendimento não podem ser dissociados do histórico familiar. Pai que bate na mãe, irmão drogado, tia prostituta.”

Comentário de Luiz Nassif:

Tenho a impressão que a próxima dor de cabeça do governo Serra tem nome e cargo: Maria Helena, Secretária da Educação.

Fonte: Blog do Luis Nassif

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