domingo, 22 de março de 2009

As novas terras de Yeda

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da redação Carta Capital

O torniquete deu mais um giro em torno da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (foto). Enredada em um mar de denúncias de corrupção e fraude no Detran do estado, com prejuízo estimado de 40 milhões de reais aos cofres públicos, Yeda corre o sério risco de se tornar o segundo chefe estadual do PSDB a ser defenestrado do cargo. O primeiro, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, perdeu o mandato em fevereiro no Tribunal Superior Eleitoral.

Como nas denúncias anteriores, o fogo contra a governadora teve como origem alguns de seus até então aliados. Adão Paiani, ouvidor da Secretaria Pública do Rio Grande do Sul até o início do mês, afirma que o Executivo tem realizado escutas clandestinas com o objetivo de de pressionar e chantagear políticos locais. O esquema teria nascido na própria secretariam afirma Paiani, com a participação de funcionários graúdos do Executivo. "Há muito tempo as pessoas sabem dessa ação ilegal, mesmo que neguem publicamente. A diferença é que agora tenho como provar", afirmou o ex-ouvidor, que promete apresentar as provas em alguns dias.

Em uma reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil em Porto Alegre, na semana passada, Paiani entregou um CD com gravações de integrantes do governo estadual. Neles, estariam os elementos que confirmariam o tráfico de influência, crime eleitoral, favorecimento e outros atos contrários aos interesses públicos envolvendo o governo. A OAB gaúcha pretende divulgar em breve uma análise do material.

Algumas semanas atrás, gravações em áudio e vídeo apresentadas por Lair Ferst, lobista e arrecadador da campanha de Yeda em 2006, redundou em uma lista de 28 denúncias apresentadas ao Ministério Público Federal, como parte de um acordo de delação premiada firmado com Ferst.

Fonte: Carta Capital

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